O IAVE - Instituto de Avaliação Educativa divulgou esta sexta-feira, em comunicado, que foram submetidos a provas de aferição 23 342 alunos dos 3.º, 6.º e 9.º anos de todo o país, entre 6 e 21 de janeiro.
Corpo do artigo
Apesar de as avaliações do dia 22 terem sido canceladas devido à suspensão das atividades letivas, foi considerado que a amostra do estudo de diagnóstico é "suficiente" para avaliar os conhecimentos adquiridos durante a primeira interrupção das aulas presenciais, entre março e junho, devido à covid-19.
As provas foram realizadas por 18 540 estudantes do ensino público e 4802 do ensino privado. Participaram no estudo 7607 alunos do 3.º ano provenientes de 245 estabelecimentos de ensino agrupados e não agrupados, dos quais 172 são do ensino público e 73 do ensino privado. No caso dos 8413 estudantes do 6.º ano que realizaram as provas de aferição, 120 pertencem a escolas públicas e 38 a escolas privadas. Quanto aos 23 342 alunos do 9.º ano, 107 estudam em escolas públicas e 39 em escolas privadas.
"O estudo realizou-se, em geral, de acordo com o planeado, apesar de alguma instabilidade natural, dado o contexto de pandemia, tendo o calendário do estudo sido sujeito a reprogramações pontuais", explica o IAVE. "Algumas turmas que se encontravam previstas na amostra não tiveram oportunidade de realizar o estudo por razões ligadas a isolamentos profiláticos e outras medidas de saúde pública", justifica.
Apesar disso, o IAVE assegura que "o número de alunos que realizou o estudo de diagnóstico será suficiente para que a amostra seja representativa e para que os resultados tenham a sua validade assegurada". Além das provas de aferição, o estudo incluiu ainda questionários de contexto a alunos, professores e escolas. "O ED encontra-se presentemente na fase de tratamento de dados para a elaboração do relatório final, cujos resultados deverão ser devolvidos às escolas ainda no 2.º período."
"Com o estudo, pretende-se fornecer informação relevante, que permita às escolas e aos professores tomarem as medidas pedagógicas e curriculares que considerarem adequadas, para colmatar eventuais défices de conhecimentos e de competências, tendo em consideração também as características próprias de cada escola e dos seus alunos", justificou ao JN o presidente do IAVE, Luís Santos, antes das provas de aferição terem sido realizadas.
Constituídas por três tarefas, executadas em suporte eletrónico, as provas destinam-se a avaliar o desempenho nas literacias de leitura, científica, matemática e de informação. Cada tarefa teve a duração de 30 minutos, com intervalos de 15 minutos. Foram selecionados alunos dos 3.º, 6.º e 9.º anos, porque, no ano letivo passado, não realizaram provas de aferição, quando frequentavam os 2.º, 5.º e 8.º anos.