PS critica Marcelo e diz que é o único bastião contra o Chega
O segundo dia de trabalhos no congresso do PS, que decorreu este sábado em Lisboa, ficou marcado pelas críticas de Pedro Nuno Santos ao PSD, alegando "o vazio" da sua liderança e programa político. Entre críticas a Marcelo por ter optado pela dissolução, PS ensaia discurso de ser o único bastião contra o Chega,
O ministro das Finanças avisou que o PS terá que enfrentar, durante as eleições, uma campanha de “casos e de insultos” vinda da direita. “Já percebemos que teremos pela frente uma batalha muito dura e exigente. A direita procurará uma estratégia de casos, assente em ataques pessoais, com o objetivo de desqualificar os líderes do PS, em particular o nosso secretário-geral”, advertiu Fernando Medina.
Para o ex-autarca lisboeta, só há uma resposta a essa campanha vinda da direita. “Temos que ter uma resposta firme a cada uma destas situações e não nos deixarmos perder. O que marca o PS é darmos as respostas concretas a necessidades concretas. À campanha de casos e de insultos responderemos com as respostas para os problemas dos portugueses”, avisou.
Fernando Medina considera que a direita só seguirá “essa estratégia porque não tem nada para dizer de bom para melhorar” situações como as dos salários ou da proteção do Estado Social. “Ou melhor, a direita tem mas verdadeiramente não quer dizer em público antes das eleições”.
Isto porque, segundo apontou Medina, por exemplo, “a resposta da direita para os desafios da economia é a austeridade, a desvalorização dos salários, do Estado Social e a diminuição dos impostos para as grandes empresas”.
A presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) garantiu, hoje, que a “crise política que quiseram provocar” não afetou o PS como o tentaram fazer. “Pensariam que nos dividiriam, enganaram-se”, vincou Luísa Salgueiro, considerando que a provocação de eleições também não levou o eleitorado a afastar-se do partido. “O PS soube rapidamente organizar-se e escolheu o melhor preparado para ser o próximo primeiro-ministro”.
Luísa Salgueiro também criticou “os velhos do Restelo” que têm resistido e até criticado o processo de descentralização em curso. “É sempre possível apontar uma ou outra falha, uma ou outra coisa que ainda não foi feita”, admitiu. No entanto, a autarca de Matosinhos prefere valorizar o que já foi feito, sobretudo o “impulso significativo” já verificado em três das 22 áreas da descentralização.
“O país aprovou o maior investimento de sempre na requalificação dos equipamentos escolares, atribuídos às câmaras municipais. É essa atitude de fazer, de avançar de que nos orgulhamos”, vincou Luísa Salgueiro, elogiando António Costa por ter sido um “timoneiro”.
O ex-deputado Ascenso Simões criticou duramente o presidente da República por ter optado pela dissolução do Parlamento. “Estamos aqui porque há alguém em Belém que não consegue conter a palavra, que diariamente intervém na atividade governativa”, atirou.
Segundo Ascenso Simões, Marcelo Rebelo de Sousa é responsável por Portugal mir entrar numa sucessão de eleições e pelas mais próximas regionais açorianas e legislativas. “Vamos passar a vida em eleições porque temos um presidente da República que não se contém, que fala todo o dia a toda a hora sobre tudo”, considerou.
“Vamos para eleições sabendo que o país pode estar a caminha de uma instabilidade que poderá não ter fim ou ter um fim longo”, prosseguiu Ascenso Simões, temendo que o resultado eleitoral das legislativas não permita uma solução governativa que crie estabilidade. “Foi um erro termos apoiado Marcelo Rebelo de Sousa na sua eleições presidenciais”, concluiu.
Os ataques de Ascenso Simões seguiram-se para o poder judicial por causa da operação Influencer e devido a uma série de processos de que são alvos autarcas socialistas como os de Matosinhos (Luísa Salgueiro), Portimão (IsildaGomes) e Vila Nova de Gaia (Eduardo Vítor Rodrigues).
“Temos um problema no sistema judicial. Temos magistrados que não conseguem perceber o país, que não conseguem saber o que é a ação governativa e conhecer a atividade autárquica e que lançam sobre os autarcas portugueses um manto de suspeição insustentável na nossa democracia”.
Isabel Moreira defendeu que é preciso “salvaguardar a social-democracia”, apelidada de “gonçalvismo” ou de radical, acusando antes o PSD de ser radical e de entender “que os direitos fundamentais são privilégios para alguns”.
Para a deputada socialista, uma vitória do PSD “radical, perigosa e irresponsável” foi “a privatização dos CTT”, o referendo a vidas, a contestação à adoção por casais do mesmo sexo e o combate à legalização da interrupção voluntária da gravidez. “É este PSD que nos tenta dar aulas de moderação que entende que os direitos fundamentais são privilégios de alguns”, concluiu.
O eurodeputado Pedro Silva Pereira considerou que “os portugueses não queriam esta crise política muito injusta e muito perigosa”. “Precipitaram a mudança na liderança do PS e dissolveram a maioria que os portugueses democraticamente elegeram há menos de dois anos”, apontou.
“Portugal vive uma crise política que os portugueses não queriam e que põe em causa a estabilidade que os portugueses queriam para a governação de Portugal. No dia 10 de março os portugueses vão ter que resolver esta estranha crise política”, reforçou Pedro Silva Pereira.
O eurodeputado acusou ainda, embora de uma forma indireta, a direita de ter tentado “condicionar” o congresso dos socialistas. “De fora, tentaram condicionar este congresso, definindo os temas, marcando a agenda. Este congresso recusou o guião traçado de fora e tem sido aquilo que tem que ser:uma extraordinária afirmação de unidade, que mostra o PS como um referencial de estabilidade; uma tranquila transição de lideranças que é uma lição de democracia; uma clara valorização da história do PS e do legado notável do primeiro-ministro António Costa; e a afirmação de uma nova ambição para o futuro com a energia renovada de Pedro Nuno Santos”, sintetizou Pedro Silva Pereira.
O presidente da SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social) considerou que o PS em que ganhar as eleições “pelos portugueses”, por causa da democracia.
“O PS não vai permitir, o PS vai garantir que no 50º aniversário do 25 de abril, vamos descer a Avenida da Liberdade com Pedro Nuno Santos e vamos honrar aqueles que fizeram a liberdade, porque somos um partido de carácter, de convicções e não desistimos”, afirmou Álvaro Beleza.
Ao discursar perto do encerramento dos trabalhos do dia de hoje, Álvaro Beleza explicou que o PS não tem que ganhar as eleições para ter uma vitória no currículo. “Não temos que ganhar as eleições por nós, é pelos portugueses. Precisam do PS para acabarmos com a problema que temos em Portugal, pelas desigualdades, pelos problemas que ainda temos em Portugal. Precisamos de um PS forte, com ambição, com garra”, disse, garantindo a Pedro Nuno Santos: “As tuas cicatrizes são as nossas cicatrizes”.
O líder parlamentar do PS acusou o presidente da República de ser o responsável por uma crise política dispensável e atacou Marcelo Rebelo de Sousa por não ter aceitado a indicação de um novo primeiro-ministro.
“Esta crise política não é uma crise como as outras. Porque o presidente da República dissolve o Parlamento, tendo o Parlamento uma maioria absoluta e quando essa maioria no Parlamento continua coesa”, considerou Eurico Brilhante Dias, vincando que o PS estava a conseguir manter a estabilidade e que a maioria absoluta que detinha tinha sido a vontade dos portugueses.
Para o líder parlamentar do PS, ao dissolver a Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou “associou à eleição do Parlamento uma ideia do presidencialismo do primeiro-ministro, retirando aos parlamentares a oportunidade legitima de prosseguir, garantindo que o votos dos portugueses é respeitado”.
Com a decisão de dissolver o Parlamento e as eleições de 10 março, o presidente da República apenas “vai privilegiar a extrema direita anti-democrática”.
Na última intervenção do segundo dia de trabalhos, Mariana Vieira da Silva acusou o PSD de pretender voltar a uma “direita radical”. A ministra quis, assim, garantir o risco dos sociais-democratas se virem associar a Chega, apesar das garantias de Luís Montenegro de que isso não irá acontecer, embora nunca tenha usado o nome do partido de André Ventura.
“Não têm qualquer estratégia para o país, nenhuma ideia, nenhum caminho que não seja voltar atrás do tempo e voltar ainda mais atrás para uma direita radical quem nem seque confia na democracia”, considerou Mariana Vieira da Silva.
Depois dos discursos das figuras principais do partido, a sala do Congresso está praticamente vazia. O secretário-geral do PS ausentou-se para falar aos telejornais durante a hora do jantar e, entretanto, retomou ao seu lugar na mesa do Congresso.
Encerraram pelas 21.38 horas os trabalhos do segundo dia do congresso do PS, que decorre na Feira Internacional de Lisboa (FIL). Os socialista retomam o debate este domingo, pelas 10.15 horas, para continuarem a debater as três moções globais estratégicas (Pedro Nuno Santos, José Luís Carneiro e Daniel Adrião), eleger os órgãos nacionais e ouvir discurso de encerramento do secretário-geral.
A discussão das moções setoriais, que deveria ocorrer este domingo, acabou por ser adiada para uma reunião posterior da Comissão Nacional, devido ao número elevado de delegados que se inscreveram para intervir durante o congresso.
Duarte Cordeiro considerou que se o PS não ganhar as legislativas “existe um risco real de recuo nas políticas ambientais”, acusando a direita de não ter esse tipo de preocupações e a esquerda de “radicalismo”.
"À direita, quando olhamos para o PSD e para o Chega, vemos apatia e negacionismo. Existe um risco real de recuo nas políticas ambientais. À esquerda vê-se radicalismo, ausência de noção dos graves impactos sociais, económicos, visões disruptivas ou mesmo posições que aceitam o empobrecimento como inevitabilidade para a defesa do planeta", acusou.
O ministro do Ambiente pediu, assim, que do congresso e do programa eleitoral do PS “não se espera adormecimento pelos resultados alcançados no ambiente mas respeito pela ciência”.
“Precisamos de fazer mais e de forma mais acelerada”, sustentou Duarte Cordeiro, destacando várias obras avançadas no setor, em particular os cinco mil milhões de euros investidos na área da mobilidade, onde acredita que está a ser feita “uma revolução”.
A ministra dos Assuntos Parlamentares avisou, este sábado no 24.º Congresso do PS, que o PSD tem "muito pouco" para oferecer aos portugueses e que a sua vitória significa "uma aliança com o Chega" e, por isso, "um retrocesso nas conquistas que foram feitas e um perigo para as instituições".
Ao JN, durante o conclave socialista que decorre até domingo em Lisboa, Ana Catarina Mendes criticou ainda a dissolução do Parlamento. "Eu partilho a ideia de que todas as legislaturas devem chegar até ao fim. E tenho para mim que esta era uma legislatura de maioria absoluta, onde estávamos a fazer um conjunto de reformas importantes para o país, em que os portugueses mereciam que fosse levada até ao fim", afirmou.
Em entrevista exclusiva ao "Jornal de Notícias", José Luís Carneiro admitiu que espera que a união do Partido Socialista se reflita, agora, na composição das listas de candidatos à Assembleia da República.
“É importante que esta unidade com respeito pela pluralidade do partido esteja presente nos órgãos internos do Partido Socialista, e agora haja esse diálogo para que essa pluralidade se faça sentir na composição das listas de candidatos ao desempenho de funções na Assembleia da República”, afirmou ao JN.
Manuel Alegre, histórico do PS, fez uma crítica indireta ao presidente da República: "Parece que já se fala de uma nova dissolução da Assembleia da República. Isso pode fazer-se muitas vezes, mas ninguém dissolverá o PS", afirmou.
Mais à frente, considerou que a dissolução foi um "erro de precipitação" de Marcelo Rebelo de Sousa. Aludindo ao facto de, na mensagem de Ano Novo, o chefe de Estado ter dito que "o povo é quem mais ordena" - citando a célebre canção de José Afonso -, Alegre vincou que não basta utilizar essa máxima e que é igualmente importante honrar o "conteúdo" desta.
Manuel Alegre, hoje com 87 anos, foi acompanhado ao púlpito por Pedro Nuno Santos, perante prolongados aplausos da plateia. Alertou repetidas vezes contra a ameaça da extrema-direita: "Com Pedro Nuno Santos, com o PS, com todos vós, o Chega não passará", atirou.
Embora assegurando que o seu partido está "pronto para a luta", Alegre mostrou preocupação pelo momento "conturbado" que as democracias liberais atravessam. Citando o presidente dos EUA, Joe Biden, o antigo candidato à presidência da República alertou que a "ameaça maior" no dias que correm é que a democracia seja destruída "por dentro".
O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, fez um breve discurso, no qual nunca mencionou Pedro Nuno Santos. Santos Silva, que apoiou José Luís Carneiro nas eleições internas, considerou que "só uma vitória robusta do PS" garante "continuidade e renovação", ao mesmo tempo que assegura que o próximo Governo não fica "refém da chantagem da extrema-direita".
Numa crítica implícita ao presidente da República e à Direita, Santos Silva considerou que a legislatura que agora termina foi "injusta e precipitadamente interrompida por razões que são alheias ao Governo, ao Parlamento e à opinião pública".
O filho único de Pedro Nuno Santos - Sebastião, de 7 anos - esteve este sábado à tarde ao colo do pai durante alguns minutos, durante os trabalhos do congresso, enquanto o secretário-geral se sentava na mesa do congresso.
Elza Pais, presidente das Mulheres Socialistas, admitiu que a vitória do PS "não vai ser fácil"."Nunca é facil, porque os populismos estão aí e são o pior inimigo das pessoas, das mulheres e da democracia", disse, lembrando que "a igualdade avança sempre que o PS está no Governo, recua ou estagna sempre que não temos um governo socialista". "Por isso precisamos de o continuar a ter para fazer o que ainda não foi feito. E há ainda muito caminho para andar", defendeu Elza Pais. E apontou algumas das prioridades que gostava de ver tratadas pelo próximo governo socialista.
"É urgente olhar para a desigualdade digital das mulheres e reforçar a economia do cuidado. Todos os dias das nossas vidas há ali um trabalho feito pelas mulheres que não é pago e que tem de ser valorizado como fator de riqueza nacional para que as mulheres possam ter o número de filhos que desejam te", disse, defendendo o reforço da licença de parentalidade e a partilha de igual maneira entre homens e mulheres.
Ainda há cerca de 80 congressistas inscritos para intervir. Com um sorriso no rosto, o presidente da mesa, Carlos César, convidou-os a prescindir do uso da palavra, frisando que ficará "reconhecido" aos que aceitarem a sugestão. O objetivo, referiu, é que se consiga cumprir com a ordem de trabalhos.
Ana Sara Brito, militante do PS há 40 anos, evocou a memória da antiga deputada comunista Odete Santos, que morreu no final de 2023. Frisou que, embora fosse de outro partido, "sempre esteve connosco" no combate pela despenaização do aborto. A sala aplaudiu e Pedro Nuno Santos não foi excepção.
Edite Estrela recordou a maioria absoluta alcançada pelo PS para defender que "ninguém tem o direito de condicionar a vontade do portugueses, nem o presidente da República nem a Comunicação Social nem os procuradores". A deputada e vice-presidente da Assembleia da República criticou, assim, a forma como o Governo caiu devido, na sequência da operação Influencer.
A deputada mostrou-se ainda convicta da eleição de Pedro Nuno Santos como primeiro-ministro, até pelo facto de o País se preparar para comemorar o 50º aniversário do 25 de Abril, altura em que considera preemente que "não se deixe que a extrema-direita chegue ao poder". "Temos que honrar a democracia", disse.
Mas há outro argumento que faz com que Edite Estrela esteja segura de que o secretário-geral do PS será o próximo primeiro-ministro. "Dizem os estudos de opinião que a maior parte das mulheres portuguesas prefere Pedro Nuno Santos para primeiro-ministro. É genuino, frontal, corajoso. É um politico de convições e de ação. Tem competência, tem experiência, sabe decidir e fazer. É o líder certo para honrar a história do PS e dar continuidade ao legado de António Costa", enumerou.
O primeiro-ministro espanhol, o socialista Pedro Sánchez, felicitou Pedro Nuno Santos pela eleição, elogiando-lhe a "juventude, força e experiência". "De Pedro a Pedro", o chefe do Governo espanhol disse estar preparado para trabalhar para, juntamente com o português, "impulsionar as políticas de progresso na península Ibérica".
Sánchez comprometeu-se também a dar continuidade "ao esforço de uma referência do partido, como é o meu querido amigo António Costa". Numa tentativa de arranhar o português, o primeiro-ministro do país vizinho terminou com um incentivo: "Vão em frente, camaradas!".
As 45 moções setoriais, afinal, não vão ser discutidas durante o congresso socialista que está a decorrer em Lisboa. Os delegados aprovaram um requerimento, apresentado por subscritores dessas moções, a pedir que a discussão que estava prevista para este domingo seja adiada para uma reunião posterior da Comissão Nacional.
O deputado Miguel Cabrita defendeu que um eventual Governo do PSD com Chega e IL seria o Executivo "mais à Direita que Portugal já conheceu" em democracia. Alegou que esses partidos estão imbuídos de um "espírito de vingança" para "acertar contas com 2015", o ano da criação da geringonça.
Nesse sentido, Cabrita frisou que cada voto nos sociais-democratas será, na verdade, um voto no Chega e nos "radicais do mercado" da IL. Tal como Vasco Cordeiro, o orador anterior, também o deputado deu como certo que, se o PSD vencer as legislativas, fará um acordo de governação com o Chega, ao contrário daquilo que Luís Montenegro tem garantido.
A ex-secretária de Estado das Comunidades acusou o Governo da PàF, de Pedro Passos Coelho, de ter sido "um massacre" e lembrou todas as medidas adotadas na época da troika que acradita terem lesado o interior do país. "Vi o que fizeram nos territórios do interior", apontou a deputada, falando no encerramento de tribunais, de centros de saúde, de postos do correio e os cortes das pensões e nas transferências do Estado para os Municípios.
"Nessa altura, Luís Montenegro era líder parlamentar do PSD PSD. Lembro-me que veio dizer que o país estava melhor, que era verdade que as pessoas não estavam melhores mas o país estava melhor. E lembro de ter dito qualquer coisa como que tinhamos feito tudo o que tinhamos a fazer, que tomamos medidas mas não melhorou, que vamos desistor. E muita genhte começou a dizer que o interior não tinha futuro", apontou Berta Nunes.
O líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, deu como certo que o PSD se aliará ao Chega caso vença as legislativas. "Olhem para o que aconteceu nos Açores e têm a antevisão do que acontecerá no país", alertou. Em 2020, os sociais-democratas celebraram um acordo de governação com várias forças à Direita, entre elas o partido de André Ventura.
O socialista sublinhou que, embora o PSD tenha jurado "que nunca se aliaria ao Chega" nos Açores, quebrou a promessa "logo a seguir às eleições". Lembrou a instabilidade desse Executivo, que caiu recentemente e obrigou a eleições regionais antecipadas.
No início do discurso, Cordeiro assustou boa parte dos congressistas ao gritar "Viva o PS!" a plenos pulmões.
As eleições regionais açorianas, recorde-se, terão lugar no dia 4 de fevereiro.
Francisco Assis defendeu, este sábado, em entrevista ao JN durante o 24.º Congresso do PS, que os adversários "não são todos iguais", vincando a distinção entre aqueles que são "adversários e aqueles que são os inimigos da democracia".
O presidente do Partido Socialista reconheceu, este sábado, no 24.º Congresso do PS, que "há caminho feito", mas "reclamações dos portugueses que importa atender" e culpou o presidente da República pela crise política.
Os congressistas começam agora a intervir. Rui Santos, autarca de Vila Real e ex-líder dos autarcas socialistas, defende que "não há razão para não se avançar já com a regionalização".
Boa tarde, acompanhe aqui em direto tudo o que se passa no Congresso do PS, que decorre até amanhã na FIL- Feira Internacional de Lisboa.
Neste segundo dia de trabalhos, Pedro Nuno Santos criticou o que diz serem os “velhos do Restelo” da Direita que nada fazem e puxou pelos seus louros ao longo do últimos anos no Governo.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, publicou, este sábado, uma mensagem de apoio a Pedro Nuno Santos e felicitou-o pela sua eleição como líder dos socialistas.
"Obrigado ,caro António Costa, pela tua dedicação com o Partido Socialista, na construção de um Portugal mais justo e solidário. Os nossos partidos estão intimamente ligados pela amizade e pela solidariedade. Esta ligação prossegue, agora que Pedro Nuno Santos assume a liderança do Partido Socialista. Muitos parabéns, caro Pedro, pela tua eleição como novo Secretário-Geral do Partido Socialista", escreveu.

