PS e Bloco querem facilitar acesso ao aborto: Portugal tem o limite mais "restritivo" da Europa

Segundo dados mais recentes da DGS, desde 2007 foram realizados mais de 250 mil IVG. Em 2022, data do último relatório, foram feitas 15 870, o número mais alto desde 2014
Foto: Igor Martins
A interrupção voluntária da gravidez (IVG) é permitida há quase 20 anos, mas a lei precisa de “alterações urgentes” que garantam o acesso real, livre e informado das mulheres. A reflexão comum do Partido Socialista e do Bloco de Esquerda leva o tema de volta à Assembleia da República para rever a lei de 2007.
Em cima da mesa estão várias mudanças legislativas que surgem com a concordância de ambos os partidos. Uma delas - a única em que divergem - é o alargamento do prazo de dez semanas, inalterado há 17 anos, e um dos mais restritivos da Europa (só é acompanhado pela Croácia e pela Eslovénia). Reunir consenso não será fácil, uma vez que o primeiro-ministro garantiu, ainda durante a campanha eleitoral Às legislativas, que não vai fazer alterações à lei nesta legislatura.

