O CDS-PP considerou, este domingo, que o PS e o FMI são como "irmãos siameses", já que nos últimos 40 anos o Fundo Monetário Internacional (FMI) foi chamado por três vezes e sempre pelo PS.
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"Se Portugal ficou sob assistência externa à irresponsabilidade do PS o deve. É como se o PS e o FMI não pudessem viver um sem o outro", diz Filipe Lobo Ávila, porta-voz do CDS-PP numa nota enviada à agência Lusa.
Depois de declarações de António Costa, no sábado em Budapeste (Hungria), sobre a última avaliação do FMI ao ajustamento em Portugal, o CDS-PP criticou hoje que o líder socialista criticasse o Governo quando se encontra no estrangeiro.
António Costa também revelou uma "falta de respeito" pelo "extraordinário esforço" dos portugueses para "libertarem" o país da interferência e dependência da 'troika', refere o porta-voz.
E acrescenta: "Ao usar críticas do FMI para criticar o Governo de Portugal, o secretário-geral do PS torna evidente que nem se arrepende das políticas que trouxeram o FMI para Portugal nem valoriza os sacrifícios dos nossos compatriotas para deixarmos de depender das ideias do FMI".
No sábado, António Costa considerou que a avaliação do FMI ao ajustamento em Portugal significa que "até os amigos do Governo confirmam" o fracasso das políticas implementadas nos últimos quatro anos.
Falando aos jornalistas na capital húngara, onde participou no X Congresso do Partido Socialista Europeu, António Costa, que comentava a declaração divulgada na véspera pelo FMI - que insistiu na necessidade de cortes adicionais na despesa - e considerou "pouco provável reverter a política de austeridade" -, disse que a instituição confirmou aquilo que o PS tem dito: "o Governo não alcançou os seus objetivos".
"Ao fim destes quatro anos, os próprios amigos do Governo vêm dizer: "falharam". E, portanto, o que nós temos que concluir é que, tendo falhado, há que mudar de estratégia, há que mudar de política, para podermos ter resultados diferentes", comentou.