Medida do programa eleitoral prevê que a Ação Social acompanhe jovens no fim do Secundário, sem paragens.
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O PS compromete-se a criar um sistema automático de atribuição de bolsas aos alunos que entrem no Ensino Superior depois de terem sido abrangidos pela Ação Social Escolar (ASE) no Secundário.
O objetivo é acabar com a espera a que os jovens são submetidos, entre a entrada numa universidade ou politécnico e o momento em que recebem a luz verde dos serviços sociais das instituições, e que pode atingir meses. A medida consta no programa eleitoral socialista que verá a luz do dia hoje, na Convenção Nacional do partido.
Segundo João Tiago Silveira, diretor do Gabinete de Estudos do PS, "em causa está um sistema automático de atribuição da bolsa a quem foi apoiado nos anos escolares antecedentes".
"Algo que valorizamos no combate às desigualdades são as qualificações dos portugueses, entre elas a frequência do Ensino Superior. E o que mostram os dados estatísticos europeus é que Portugal precisa de ter mais pessoas neste grau de ensino", justificou ao JN Silveira, que coordena o documento com que o PS se apresentará às legislativas.
Sendo "um desígnio da próxima legislatura", o dirigente socialista revelou que a proposta foi sugerida durante uma das quatro convenções preparativas do programa eleitoral. "Trata-se de uma medida muito importante para quem acede ao Superior e tem baixos rendimentos", destacou.
Silveira revelou que o programa que vai ser hoje apresentado no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, durante a Convenção Nacional do PS, resultou de mais de 7500 quilómetros de reuniões com as bases do partido e a sociedade civil.
Costa, que encerra o evento, confirmou ontem que o PS pretende baixar a carga fiscal sobre o trabalho, com novo desdobramento dos escalões de IRS da classe média, além de repor a atualização anual dos salários na Função Pública.
Centeno no FMI é uma hipótese e não um objetivo
O primeiro-ministro afirmou, ontem, que o ministro das Finanças, Mário Centeno, é hipótese como diretor-geral do FMI, mas não um objetivo diplomático fixado, sendo antes prioridade portuguesa ter uma pasta relevante na futura Comissão Europeia. "Também sei que não era um objetivo de vida pessoal [o FMI]", acrescentou António Costa, em entrevista à Rádio Observador.