Após um ano de liderança, Pedro Nuno Santos enfrenta agora o desafio de reafirmar uma alternativa para vencer autárquicas e unir socialistas para não perder eleições presidenciais.
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O sonho de Pedro Nuno Santos arrastou-se durante anos, repetidamente apontado como sucessor de António Costa na liderança do PS, oriundo da ala esquerda. Apesar desta travessia no deserto, o negociador da geringonça cumpriu a ambição mais cedo do que previa. Foi eleito a 16 de dezembro de 2023, numas diretas precipitadas pela demissão de António Costa, com quem colidiu no mês passado porque o presidente do Conselho Europeu exigiu “firmeza” contra o Chega, na polémica que se instalou após o autarca socialista de Loures ter defendido despejos. Agora, a forma como se conseguirá demarcar da Direita é precisamente o maior desafio do PS.
Consagrado no congresso de janeiro, Pedro Nuno perdeu, três meses depois, as legislativas por poucochinho. Disse em setembro que era “praticamente impossível” viabilizar o Orçamento do Estado (OE), mas acabou por fazê-lo, abstendo-se na proposta da AD, onde impôs alterações, mas recusando falar de acordo.