O PS pediu, esta quarta-feira, aos partidos da oposição que "não se precipitem" na leitura do relatório preliminar da comissão de inquérito à TAP e vai ponderar a apresentação de propostas de alteração ao texto.
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"Esse é o cuidado que pedimos a todos os partidos, sobretudo para que não se precipitem numa leitura rápida de um relatório que chegou à meia noite, que tem 200 páginas e que certamente merecerá mais detalhe do que uma ideia geral e abstrata que sobre ele se possa ter", sustentou o deputado socialista Bruno Aragão.
O coordenador do PS na Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP falava aos jornalistas no parlamento após a conferência de imprensa de apresentação da versão preliminar do relatório, da autoria da deputada do PS Ana Paula Bernardo.
Até ao final do prazo para a entrega de propostas de alteração ao relatório preliminar, que terá ainda que ser votado pelos deputados, o PS vai analisar o texto e decidir se irá ou não apresentar propostas de alteração.
O socialista defendeu que se está a entrar numa "fase de interpretação política que muitas vezes tolda a forma como a factualidade deve ser analisada", considerando que "se está a tentar impor" a ideia de que "contra argumentos não há factos".
"E portanto, independentemente da factualidade que se apura, das respostas que forem trazidas a esta comissão de inquérito, da base documental que corrobora ou não essas respostas, se cada um de nós mantiver o argumentário da fase inicial da comissão de inquérito, de pouco valerá o esforço que tivemos ao longo destas semanas", argumentou.