Os sociais-democratas não encontram motivos para que o líder do partido não seja o candidato a primeiro-ministro, em caso de legislativas antecipadas. Mas estão a ser aconselhados a tentar fazer uma coligação de direita e a adiar o congresso estatutário. O PSD não deverá adiar, porém, o conclave de 25 de novembro.
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Não existe qualquer motivo para que Luís Montenegro não seja candidato a primeiro-ministro, no caso de o presidente Marcelo Rebelo de Sousa optar pela realização de legislativas antecipadas, como defendem a maioria dos partidos que estão a ser ouvidos esta quarta-feira em Belém. Esse é o sentimento no PSD que espera, contudo, que o líder aproveite na campanha eleitoral quadros como Pedro Passos Coelho, Cavaco Silva ou Rui Rio. Entre os sociais-democratas são várias as vozes que defendem uma coligação alargada e o adiamento do congresso estatutário. Mas a Direção deverá manter o conclave.
De um dia para o outro, Luís Montenegro - que era visto como um líder de transição e tinha os críticos sempre à espreita - passou a ser o rosto consensual para conduzir o partido na tentativa de regressar ao poder, oito anos depois de a “geringonça” ter impedido Pedro Passos Coelho de cumprir um segundo mandato como primeiro-ministro, apesar da vitória nas legislativas de outubro de 2015.