O deputado socialista João Galamba assinalou, esta quarta-feira, a votação diferente de PSD e CDS-PP sobre o Banif e o necessário Orçamento Retificativo para 2015, depois de críticas dos sociais-democratas às votações dos partidos que apoiam o Governo do PS.
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"O que ficou aqui claro hoje não é que o PS não tem apoio da esquerda, é que se os senhores estivessem no Governo e quisessem resolver este problema não teriam o apoio do CDS", vincou Galamba na Assembleia da República, dirigindo-se à bancada do PSD.
Antes, o líder parlamentar social-democrata, Luís Montenegro, havia referido que a abstenção do partido nas votações sobre o Orçamento Retificativo surge porque uma não aprovação do texto poderia prejudicar o interesse nacional, mas o PS tem de responder pela estabilidade política.
"Ao PS e ao primeiro-ministro tem de ser perguntar: onde está a estabilidade governativa prometida?", questionou Montenegro.
Já a deputada do CDS-PP Cecília Meireles trouxe para o debate a notícia da TVI de 13 de dezembro dando conta da uma iminente intervenção pública no Banif.
"Pode" ser uma "nota de rodapé" na história, diz a centrista, mas será seguramente, prosseguiu, "a mais cara nota de rodapé na história de Portugal".
Depois, Cecília Meireles interrogou ainda o PS e a sua ligação com Bruxelas e instituições internacionais: a parlamentar quer saber onde anda o executivo e o partido "que prometia bater o pé à Europa".
Já o deputado do partido "Os Verdes" José Luís Ferreira disse que este caso demonstra que é "tempo de equacionar o controlo público da banca".
PSD e CDS-PP, criticou, optaram quando estiveram no Governo por "varrer os problemas para debaixo do tapete para criar ilusão de saída limpa" do programa da 'troika'.