Joaquim Miranda Sarmento, líder parlamentar do PSD, anunciou esta quinta-feira no Parlamento que os sociais-democratas irão apresentar duas alterações à proposta de lei do Governo, que é debatida sexta-feira. Uma é para que o cheque de 125 euros também seja para pensionistas e a outra para revogar o artigo sobre o aumento das reformas e permitir, deste modo, que subam entre 8% a 9% no próximo ano.
Corpo do artigo
O anúncio foi feito durante o plenário sobre o projeto de resolução do PSD que recomenda ao Governo que implemente um programa de emergência social.
O PSD não quer "um aumento entre 3,5% e 4,5%, mas sim aquilo que estava previsto na lei, ou seja, um aumento entre 8% e 9%", explicou o líder parlamentar sobre as pensões.
Ao acusar o Governo de António Costa de iludir os pensionistas, para esconder um "corte permanente nas pensões no valor de mil milhões de euros", o líder da bancada do PSD afirmou que isso lhe "faz lembrar" os cortes feitos pelo Governo de José Sócrates.
"Faz lembrar o ano de 2011, quando o Governo do PS de José Sócrates colocou no chamado PEC4 um corte entre 3,5 e 10% para os pensionistas com pensões acima de 1500 euros", declarou Joaquim Miranda Sarmento.
O PSD considera que o suplemento para as pensões é uma "ilusão e uma forte injustiça social" porque antecipa 2500 euros a um pensionista que ganha cinco mil euros e antecipa 200 a quem ganha 500 euros". "É insensível porque não apoia os que mais vão sofrer".
O debate tem sido marcado pela comparação entre os programas do PSD e do Governo, com a restante a Oposição a criticar ambos os pacotes. Mas todas as bancadas são unânimes em atacar os socialistas pelos "truques" nas medidas apresentadas, insistindo que está em causa um corte nas pensões.
A troca de acusações centrou-se várias vezes nas alusões à troika, que serviu como arma de arremesso quer para os sociais-democratas, quer para os socialistas.