Partido também quer que os titulares de cargos públicos possam permitir ou não o cruzamento de dados do seu património por parte das entidades responsáveis. PS considera que o preenchimento de informações na Entidade para a Transparência pode ser substituído por apresentação de caderneta predial.
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Em projeto de lei que já deu entrada no Parlamento, o PSD defende que os políticos tenham a opção de autorizar, ou não, uma verificação ao seu património por parte das entidades responsáveis, como as Finanças ou Conservatórias de registos prediais, quando estas pretendem efetuar um cruzamento de dados. Por seu lado, o PS recomenda a possibilidade de substituição do registo na Entidade para a Transparência por uma análise às cadernetas prediais e a "junção dos documentos identificativos dos barcos, aeronaves e veículos automóveis". São propostas que visam alterar a lei que regula o exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos.
Os social-democratas acrescentam que os titulares de cargos políticos devem ser notificados da identidade de quem pede consultas para verificar os seus dados na Entidade para a Transparência. Justificam esta proposta com o facto de os políticos receberem atualmente notificações para "completarem dados" que "vão além dos contidos no formulário de modelo de declaração única".
O PS apresenta uma lista de informação que deve ser acrescida à que consta na Entidade para a Transparência, tal como património imobiliário e contas bancárias. O partido acrescenta, ainda, que este património pode ser analisado presencialmente ou remotamente, , "mediante atribuição ao requerente de uma credencial de acesso digital temporalmente limitada para consulta da declaração requerida".
Estas propostas foram apresentadas após o caso do ex-secretário de estado, Hernâni Dias, que não declarou duas empresas do setor imobiliário, o que levou à sua demissão. A Entidade para a Transparência entrou em funcionamento a 6 de março de 2024, uma "plataforma eletrónica para a entrega da declaração única", segundo consta no projeto do PSD.