Os deputados do PSD de Santarém anunciaram que pretendem entregar um requerimento na Assembleia da República, que pede à ministra da Saúde uma "resposta urgente" sobre a situação da mulher grávida que perdeu o bebé na quarta-feira depois de ter sido confrontada com o encerramento do serviço de urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar do Médio Tejo.
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Num requerimento endereçado a Augusto Santos Silva, os deputados do PSD de Santarém querem que Marta Temido apresente uma "resposta urgente sobre a situação da mulher grávida que perdeu o bebé após deslocação de Vila de Rei até ao Hospital Distrital de Santarém (HDS) por encerramento do serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT)".
Afirmam que os sucessivos encerramentos de serviços de urgência, particularmente no caso da especialidade de obstetrícia e ginecologia, têm acarretado custos dramáticos em termos humanos, "desde a ansiedade das mulheres grávidas e suas famílias até até, mais tragicamente, à ocorrência de perdas de vidas humanas".
"Tendo sido noticiado que o CHMT já abriu um inquérito ao sucedido, entende o Partido Social Democrata que devem as conclusões desse inquérito, ressalvados os aspetos abrangidos pela proteção de dados pessoais, ser remetidos à Assembleia da República, de modo a se poder avaliar, rigorosamente, as concretas circunstâncias e o exato contexto em que o falecimento do bebé ocorreu", explicam os deputados do PSD em comunicado, cujo primeiro subscritor é o deputado Ricardo Batista Leite.
O requerimento foi revelado depois de ter sido noticiado o caso de uma mulher, de 41 anos, residente em Vila de Rei, Castelo Branco, que perdeu o bebé após ter feito mais de 100km para chegar à maternidade em Santarém. A Urgência de Obstetrícia de Abrantes, a 30 quilómetros da sua casa, encontrava-se fechada.