
Foto: Arquivo Global Imagens
Tribunal decide sexta-feira sobre providência cautelar apresentada pelos promotores do protesto contra a islamização, após a iniciativa não ter sido autorizada pela Câmara lisboeta.
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A PSP está a preparar uma operação policial, a decorrer amanhã, que incide sobre a anunciada manifestação contra a islamização, marcada para o Martim Moniz, e que foi proibida pela Câmara de Lisboa devido ao elevado risco de violência. A polícia diz estar pronta para qualquer cenário.
Os promotores da manifestação insistem na realização do protesto sem a devida autorização da câmara, embora equacionem realizar a manifestação noutro local e não no Martim Moniz, onde reside uma grande comunidade imigrantes.
O grupo, liderado por Mário Machado, ativista de extrema-direita, com cadastro por crimes violentos, apresentou uma providência cautelar em tribunal contra a decisão camarária e a decisão judicial deve ser hoje conhecida.
O veto da autarquia foi justificado por um parecer da PSP, em que se concluiu que o protesto representa "um risco elevado para a ordem e segurança públicas".
Em comunicado, a polícia disse ontem que "atendendo às características sociais e físicas do espaço, a PSP entendeu que existe um risco elevado para a ordem e segurança públicas, não estando assim reunidas as condições de segurança necessárias para a realização do evento".
Recolha permanente de informação
Perante a insistência dos nacionalistas, a PSP adianta que "continua a recolher informação e a acompanhar os desenvolvimentos referentes à iniciativa agendada para dia 3 de fevereiro, nomeadamente através de fontes abertas".
"Esta monitorização e recolha contínuas de informação permitem avaliar os potenciais riscos associados à iniciativa e planear a operação policial mais adequada às necessidades", indica a PSP no comunicado ontem emitido.

