Campanha da Amazon para promover a série "'The Man in the High Castle" gerou onda de críticas.
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Dias depois de ter invadido Nova Iorque com a cruz de ferro associada à Alemanha Nazi e o emblema do sol nascente, do Império Japonês, como forma de publicitar The Man in the High Castle, a Amazon viu a campanha ser vetada. A promoção à série, que retrata a cidade num universo alternativo - no qual os Nazis foram os vencedores da Segunda Guerra Mundial -, chocou os norte-americanos e a Autoridade dos Transporte (MTA na sigla inglesa) ordenou que a mesma fosse retirada.
Até esta quarta-feira, os bancos das carruagens do metro de Nova Iorque estiveram cobertos de símbolos nazi, bem como vários posters da série do serviço de streaming foram espalhados pela cidade. "Metade dos bancos na minha carruagem tinham insígnias nazis desenhadas dentro de uma bandeira da América, enquanto a outra metade tinha a bandeira japonesa ao estilo da Segunda Guerra Mundial", contou um passageiro. "Eu tive escolha, e por isso escolhi sentar-me em cima do símbolo Nazi, porque não queria olhar para ele", reclamou a mesma pessoa.
A Liga Antidifamação também criticou a campanha, acusando-a de ser "insensível", uma vez que a simbologia foi utilizada sem que se lhe tenha dado um contexto.
The Man in the High Castle, que se estreou em janeiro deste ano, regressou à Amazon no passado dia 20, com uma segunda temporada de 10 episódios. Interpretada por Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank e DJ Qualls e com produção executiva de Ridley Scott e Frank Spotnitz, a história é baseada no livro de Philip K. Dick (1962).