Reforma judicial é “o elefante na sala” que ameaça entrar no debate. Partidos admitem que o tema terá de ser discutido, evitando que seja contaminado pela Operação Influencer, que ditou a demissão de António Costa.
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O que pode valer para a campanha interna da liderança ao Partido Socialista não se aplicará, com toda a certeza, no caminho até às legislativas. Disse o candidato Pedro Nuno Santos, no dia em que traçou as linhas com que pretende cativar o voto dos militantes, que o PS “não vai passar os próximos quatro meses a discutir um processo judicial”. Não disse que, sendo estes tempos em que a política e a Justiça se contaminam, há temas proibidos, nem que uma coisa é o “caso Influencer”, que levou à demissão do primeiro-ministro António Costa, outra ter ideias concretas para uma das reformas de que Portugal unanimemente mais precisa.
“A única coisa que tenho a dizer é simples. É tão simples como desarmante”, desfia, em declarações ao JN, Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República e apoiante declarado de José Luís Carneiro, o ministro também candidato à liderança dos socialistas. “Evidentemente que na campanha eleitoral se vai falar de Justiça”.