Um total de 1965 operacionais e 644 meios estavam no terreno pelas 4.15 horas desta segunda-feira a combater os incêndios que lavram em Portugal continental, mais de metade dos quais no combate às chamas na região das Beiras e Serra da Estrela.
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A página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) dá conta que o incêndio em Trancoso e Freches, o maior neste momento ativo, está a mobilizar 591 operacionais e 206 meios terrestres, e as chamas em Covilhã, Sobral de São Miguel, mobilizam 406 operacionais e 127 meios.
Num balanço sumário à Lusa, fonte do Comando Subregional das Beiras e Serra da Estrela afirmou que "a situação está a evoluir favoravelmente", que "algumas situações já estão em situação de rescaldo, mas as três frentes continuam ativas".
"Não há populações em risco, mas não podemos dar mais pormenores", acrescentou a mesma fonte.
No Douro, o incêndio de Sirarelhos, Vila Real, mobiliza a esta hora 382 operacionais e 130 meios, e o de Moimenta concentra 198 operacionais e 57 meios. No incêndio que lavra em Tabuaço desde a noite de sábado combatem as chamas 107 operacionais apoiados por 72 meios.
Portugal está em situação de alerta devido ao agravamento das previsões meteorológicas, que apontam para uma subida das temperaturas esta segunda-feira e um risco significativo de incêndio rural. Só a partir de dia 13 se prevê a descida das temperaturas.
Durante este período é proibido o acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, de acordo com os planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, bem como a realização de queimas e queimadas, ficando igualmente suspensas as autorizações emitidas para esse período.
A situação de alerta implica também proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.
Cerca de 120 concelhos em risco máximo
Cerca de 120 municípios do interior Norte e centro do país e da região do Algarve estão hoje em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Estão sob risco máximo de incêndio todos os concelhos dos distritos de Bragança e Guarda e a maioria dos de Viseu e Castelo Branco.
Também em risco máximo estão dezenas de municípios dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Portalegre e Faro.
Em risco muito elevado estão cerca de 50 concelhos nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro, Coimbra, Viseu, Leiria, Lisboa, Castelo Branco, Portalegre, Beja e Faro.
O IPMA colocou em risco elevado quase toda a região do Alentejo e outros cerca de 30 municípios nos distritos de Faro, Lisboa, Setúbal, Coimbra, Leiria, Aveiro, Porto e Braga.
Sob risco moderado estão dezenas de municípios, quase todos no litoral do país, nos distritos de Lisboa, Aveiro e Porto.
O IPMA prevê para hoje uma pequena descida de temperatura nas regiões Norte e Centro e uma pequena subida na região Sul.
O tempo vai permanecer quente, com céu pouco nublado ou limpo, e o IPMA mantém a previsão de poeiras em suspensão, devido à massa de ar quente do Norte de África que atravessa o território continental.
As temperaturas mínimas vão variar entre os 15º (graus Celsius), em Viana do Castelo e Braga, e os 25º (Portalegre) e as máximas entre os 25º (Viana do Castelo) e os 43º (Beja e Évora).