Estudo do Edulog mapeou dinâmicas socioeconómicas dos estudantes do Ensino Superior no Grande Porto e Grande Lisboa e concluiu que maioria não tem recibo de renda. Autores defendem revisão dos critérios de atribuição da bolsa de estudo e do financiamento das instituições.
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Sem contrato de arrendamento formal ou sem recibo de renda. É esta a realidade da maioria dos estudantes deslocados que frequentam instituições de Ensino Superior (IES) do Grande Porto e da Grande Lisboa. O que os impede de se candidatarem a apoios sociais como o complemento de alojamento. A parca oferta de camas públicas e os elevados preços do mercado são hoje a principal dor de cabeça para alunos e famílias. Com o valor médio anual das bolsas de estudo (incluindo propina) nos 1.372 euros, pedem-se reforços na ação social.
Assim o diz o mais recente estudo patrocinado pelo Edulog, “think tank” da Fundação Belmiro de Azevedo, que foi mapear as “dinâmicas socioeconómicas” daqueles estudantes. Concluindo-se pela “concentração significativa de estudantes do subsetor público deslocados nas IES, especialmente nas universidades”. Colocando o alojamento no centro dos problemas.