Indisponibilidade para trabalho suplementar condiciona assistência em 32 hospitais. Médicos em Luta fazem inquérito sobre aceitação do faseamento de medidas.
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Quase quatro mil médicos ao serviço de 32 hospitais públicos do país recusam fazer mais horas extra. A entrega de minutas de indisponibilidade para a realização de trabalho suplementar, para além das 150 horas anuais previstas na lei, está a condicionar a assistência a doentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente a resposta cirúrgica e os episódios de urgência.
A situação vai agravar-se a partir de 1 novembro (com mais 60 médicos a rejeitarem o trabalho extra) e já há cerca de 180 profissionais a entregar minutas que produzirão efeito em dezembro. O levantamento é do movimento Médicos em Luta, que olha com expectativa e reservas para a negociação de hoje entre os sindicatos e o Governo.