Quatro dos cinco membros da direção da Raríssimas demitiram-se um ano depois de entrarem em funções, devendo ser anunciadas novas eleições durante esta semana. Maria Júlia Cardoso, presidente da instituição de tratamento de doenças raras, é a única que se mantém em funções.
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Uma das soluções em cima da mesa, apurou o JN junto de fonte da instituição, é a substituição das quatro vogais da direção demissionárias. Tal faria com que não fosse necessária a apresentação de novas listas a um ato eleitoral, que pode vir a ser agendado esta semana com data de realização a dia 20 de maio.
A lista da quarta presidente da Raríssimas foi eleita em abril de 2021 e foi a única que se apresentou a votos no próprio dia do ato eleitoral. Foi eleita com 20 votos a favor e 19 nulos. Se não tivesse surgido, estava em cima da mesa a extinção da Raríssimas.
De acordo com o jornal "Público", as razões das demissões terão sido, por um lado, o corte do apoio financeiro de 2,8 milhões de euros pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), que entre 2018 e 2021 apoiou a Casa dos Marcos, na Moita, bem como a insatisfação de funcionários relativamente ao desempenho da direção ao longo de um ano.
Maria Júlia Cardoso tem mandato até 2023, tendo sido eleita para terminar o de Maria João Trincão, eleita em dezembro de 2019 por quatro anos, mas que renunciou ao cargo pouco depois. Após a renúncia de Maria João Trincão, Tatiana Louro, médica e diretora clínica na Casa dos Marcos, assumiu a presidência. A médica demitiu-se com os restantes órgãos sociais no final de 2020.
Maria Júlia Cardoso é a quarta presidente da Raríssimas desde o afastamento de Paula Brito e Costa, no final de 2017. A investigação aos crimes de peculato, recebimento indevido de vantagens e falsificação de documentos pela fundadora da Raríssimas ainda não tem conclusão.