Tempo de espera pesa mais nas reclamações das unidades privadas do que nas públicas. Até março, chegaram 21 291 queixas à ERS.
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As dificuldades de acesso aos cuidados de saúde foram motivo de 30% das reclamações feitas sobre centros de saúde no primeiro trimestre deste ano. De janeiro a março, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) recebeu 21 291 reclamações, elogios e comentários, das quais 15 483 (72,72%) são queixas em unidades dos setores público, privado e social.
Os números estão longe de contar tudo, mas dão uma ideia do que incomoda os utentes e os leva a preencher os livros de reclamações nas unidades de saúde. Nos cuidados primários há cada vez mais cidadãos sem médico de família (em março eram 1,6 milhões), o que justificará boa parte das queixas por dificuldades de acesso, que incluem por exemplo problemas na marcação de consultas. Mas há também muitas queixas relativas a procedimentos administrativos (20,3%).