O presidente do PSD, Pedro passos Coelho, afirmou, este domingo, que quem ocupa lugares públicos deve "defender a dignidade do Estado e o respeito pelos portugueses" e que o seu partido não cede a "populismos".
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"Hoje nós não poderemos como partido ceder aos populismos, ao facilitismo, à demagogia e ao deixa andar, exigimos responsabilidades e dignidade por parte de quem ocupa lugares públicos", afirmou o líder nacional do PSD na Guarda, onde presidiu à sessão de encerramento da III Academia do Poder Local, organizada pelo PSD e pelos Autarcas Social-Democratas (ASD).
Para Pedro Passos Coelho "quem ocupa lugares públicos não tem em jogo apenas a representação do seu partido ou do seu eleitorado. Quem exerce lugares públicos no parlamento ou no Governo, ou em qualquer outro lugar, numa empresa pública, numa empresa municipal, quem exerce lugares públicos tem também na forma como os exerce de defender a dignidade do Estado e o respeito pelos portugueses".
O líder do PSD falava após referir que o atual Governo, liderado por António Costa, está "capturado" pela dificuldade em fazer reformas "importantes" e que cabe ao seu partido dizer que "reformas são essas" e que trabalhará para as preparar.
"Foi esse respeito que nós tivemos sempre, levámos sempre o país a sério e pusemos sempre Portugal à frente de tudo, e achamos que não é pedir de mais que todos os outros que desempenham lugares públicos, tenham também a preocupação de defender o mesmo princípio de dignidade", acrescentou no seu discurso que durou cerca de 43 minutos.
Passos Coelho disse que os políticos deviam distinguir-se "pelo sentido das políticas, de modo que os portugueses pudessem escolher hoje uma política amanhã outra que considerassem mais adequada", mas que não fossem feitas distinções pela maneira como olham "para a democracia e para a dignidade dos lugares públicos".
O presidente do PSD não adjetivou nem deu exemplos para justificar as suas declarações em "como a dignidade do Estado, dos lugares públicos e o respeito dos portugueses não estão a ser observados na forma como se governa".
Disse ainda que esta reflexão que fez na Guarda não pode "deixar ninguém de fora": "Nem a opinião pública, nem os comentadores, nem aqueles que exercem funções de Estado".
"E todos, do Presidente da República ao membro da Assembleia de Freguesia, têm a responsabilidade de ver o que se está a passar e de defender a dignidade do Estado, dos lugares públicos e o respeito pelos portugueses", concluiu.
Na mesma sessão, Álvaro Amaro, presidente dos ASD e da Câmara Municipal da Guarda, destacou a importância das eleições autárquicas de 2017 e pediu aos militantes e aos dirigentes do PSD que se concentrem "todos" na batalha eleitoral que se avizinha.
"Deixemos o ruído e concentremo-nos todos", para que o partido alcance a vitória, apelou o autarca no final da Academia dos ASD, realizada entre quinta-feira e domingo, com 70 participantes de todo o país.