As redes sociais são usadas pelos candidatos presidenciais para conquistar o voto dos mais jovens.
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Aliás, não é a primeira vez que é feita esta aposta: já em 2011 se verificou este fenómeno. Apesar da campanha ter começado oficialmente no dia 10, já há muito que corre nas redes sociais e, melhor ou pior, todos os candidatos fazem questão de marcar presença em espaços como o Facebook, o Twitter, o Instagram e o Youtube.
Há quem já tenha presença há muito tempo e se limite a continuar o trabalho (é o caso de Paulo Morais e de Marisa Matias), quem aposte nas suas próprias "hashtags" (palavras-chave), e até quem crie uma "app" para iPhone e Android para reunir os apoiantes num só espaço, como fizeram Sampaio da Nóvoa e Marcelo Rebelo de Sousa.
Apesar destas apostas, o que continua a imperar são os meios tradicionais de fazer campanha, como explica Mafalda Lobo, especialista em comunicação política digital.
Tudo começou com Obama
Agora, "as iniciativas de campanha de rua já não são apenas pensadas para a televisão", mas também "para que possam ser partilhadas nos sites oficiais dos candidatos e nas redes sociais". Este salto foi dado com "a campanha presidencial de Barack Obama, em 2008, que alterou a forma de se fazer Marketing Político", explica a especialista.
Desta feita, alguns candidatos vão beber inspiração a casos de sucesso internacionais e fazem melhor uso de "hashtags", não descurando a importância do Instagram ou do Youtube. Mas o problema volta a passar pela falta de interação com os utilizadores, que continua a faltar em praticamente todas as candidaturas. "Não há interação com os cidadãos", há "pouca originalidade na apresentação de conteúdos próprios" e os candidatos continuam a aplicar a lógica mediática nas redes sociais, verificando--se "uma mera replicação dos conteúdos destacados noutros meios".
Apesar disso, e com mais ou menos ciência, com mais ou menos "hashtags" e filtros de Instagram, todos os candidatos perceberam a importância das redes sociais na sua campanha eleitoral e fazem questão de tentar ganhar pontos (e votos) online e offline.