"Querer comer" e não "ter que comer": residência do SNS recupera doentes com anorexia nervosa
Em Valongo, há uma unidade de saúde que se dedica à recuperação de pessoas com perturbações do comportamento alimentar. É um modelo "menos restritivo" do que um internamento, assente na reabilitação social, na psicoterapia e no regresso a uma alimentação saudável.
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"Sempre tive muitos traços de perfecionismo, de muita penalização de mim própria e acho que isto foi uma forma que eu encontrei de me castigar, sem ter consciência disso". É assim que Rita (nome fictício), hoje com 27 anos, recorda o momento em que recebeu o diagnóstico de anorexia nervosa. Tinha 17 anos. A perda de familiares e as relações terminadas de "forma inesperada" foram o gatilho para problemas emocionais, que se materializaram na relação com a comida. Está há menos de um mês, pela segunda vez, na residência Elysio de Moura, a resposta diferenciada e única do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para tratar perturbações do comportamento alimentar.

