“Quero uma profissão que ajude a tornar o mundo melhor”

“Quando soube que tinha sido premiada, senti muita felicidade e orgulho. E comecei aos saltos porque não esperava. Ainda não sei muito bem o que é que vou fazer com os prémios, mas é para dividir com o meu irmão também, porque ele quer ir para Ciências e precisa de uma calculadora”, relevou a jovem.

Na escola, o percurso de Maria Clara tem sido imaculado. “Não estudo muito porque nas aulas consigo aprender o básico. A minha mãe e os meus irmãos também me ajudam a criar métodos de estudo. A minha disciplina favorita é Ciências, pois fala muito da natureza. Gosto muito dos meus professores e dos meus colegas e damo-nos todos muito bem. A escola é uma coisa divertida, que não é muito cansativa”, realça a jovem, que ocupa os tempos livres a dançar hip-hop, a fazer escutismo e a tocar violino.

Embora ainda seja cedo para decidir o que quer ser quando for grande, há uma certeza que a premiada tem: “Quero ter uma profissão que ajude a tornar o mundo melhor. O meu sonho é fazer voluntariado”, afirma.

A mãe, Helena Freitas, de 50 anos, enaltece o espírito solidário dos filhos: “Apesar de eles gostarem das ciências, a parte humana tem muito peso. Ela anda no núcleo de escutismo de Mirandela e também no movimento juvenil Salesianos, que foi fazer voluntariado para Cabo Verde este ano e ela já disse quando fizer 18 anos também quer ir”.

Já sobre o percurso académico da caçula da família, assinala que “é uma menina híper dinâmica, está sempre pronta a dizer sim a tudo”. E complementa: “Houve coisas que ela não disse. Faz teatro, canta, é sempre a cabeça dos trabalhos de grupo, é sempre ela a orientar-se e nunca deixar ninguém para trás. Na escola é a menina dos professores porque está sempre disponível, não há um aluno que se vá abaixo que ela não tenha o cuidado e a atenção”.

Depois de ter visto o filho ganhar, Helena Freitas nunca pensou que voltaria a viver a mesma emoção. “Não esperava que ela fosse ganhar, porque o João já tinha ganho, mas ela merecia muito, merecia muito e então fiz uma candidatura e estamos aqui. E obrigado ao Jornal de Notícias e à Staples e à Opticalia, porque realmente essas iniciativas, para além da parte financeira, que são uma alavancagem, a parte do orgulho, do conseguir, era o que eu queria, era o objetivo, porque ela sonhou com esse prémio e ganhou. E o mano partilhou e ela agora também vai partilhar”.

“Todas as iniciativas, independentemente dos prémios, tento sempre concorrer, não por vaidade, não por orgulho, mas por mérito para eles saberem que quem não tem pais ricos também chega lá e que acaba por fazer e concretizar os sonhos”, conclui.

Perfil

Nome: Maria Clara Rodrigues Freitas

Idade: 11 anos

Localidade: Mirandela

Ano a frequentar: 6.º

Aproveitamento: Cinco a todas as disciplinas

Quando for grande quero ser: Não sei