A Ramirez admite que uma das suas torres de refrigeração foi desligada por ordem da Delegação de Saúde. Ainda assim, a fábrica de conservas, situada em Lavra, diz ter três análises negativas à legionela, feitas quer pela empresa, quer por uma entidade especializada.
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Agora, a empresa aguarda pelo relatório final do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e espera que tudo seja esclarecido. A conserveira e a Longa Vida, em Perafita, são suspeitas de estar na origem do surto de legionela que está a afetar os concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim. Desde 29 de outubro, 75 pessoas contraíram doença dos legionários. Nove já morreram.
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"No início de novembro, a Ramirez fez análises de rotina, que tiveram resultados negativos, tal como todo o histórico desde 2015", explicou, ao JN, fonte da administração da empresa.
Entretanto, a fábrica recebeu a visita da delegação de saúde que, na análise efetuada, detetou a presença da bactéria numa das torres e ordenou o seu imediato encerramento, na passada quinta-feira.
Após essa visita, conta ainda a Ramirez, foram feitas mais duas análises, uma pela própria conserveira, outra por uma empresa especializada. "Ambas deram negativo à presença da bactéria", salienta.
A conserveira de Matosinhos diz aguardar "com tranquilidade" os resultados das análises comparativas com as secreções dos doentes, que estão a ser feitas pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Só assim, comparando estirpes, será possível determinar quem foi, afinal, a fonte de contaminação.