Paulo Rangel insiste que não se pode colocar "o carro à frente dos bois", referindo-se à constituição das listas do PSD para as próximas legislativas. O candidato à liderança dos sociais-democratas considera que a prioridade, nesta altura, são as eleições internas e só depois do dia 27 de novembro é que se devem começar a preparar as legislativas.
Corpo do artigo
"Não vejo nenhuma razão para antecipar essa questão porque ela vai ser resolvida com toda a facilidade, agora temos que nos concentrar na eleição direta", afirma, salientando que não se pode "colocar o carro à frente dos bois".
"Primeiro temos eleições diretas e depois o novo líder conversando, no período de transição com quem tem que conversar, resolverá todas as questões, portanto, não vamos aqui, neste momento, alimentar nada sobre isso. Sábado a oito haverá eleições e depois imediatamente começará o processo de preparação das legislativas", adianta.
Em Viseu, no final de uma visita à Associação Empresarial local, o candidato à liderança dos sociais-democratas foi ainda questionado sobre o eventual chumbo da Comissão Política Nacional a uma coligação com o CDS.
Rangel confessa não saber se "essa informação tem fundamento" e lembra, tal como já revelou em diversas entrevistas, que sempre defendeu que o PSD deve "ir sozinho" a votos.
O social-democrata acusa ainda o Governo de incompetência no processo da terceira dose da vacina contra a covid-19. Paulo Rangel afirma estar "moderadamente preocupado" com a evolução da pandemia e adianta que a sua grande apreensão está relacionada com a dose de reforço da vacina.
"Aquilo que verdadeiramente preocupa é o atraso na vacinação da terceira dose e aí acho que o Governo português deu sinais de alguma incompetência e ineficácia", sustenta. "Não se compreende que um país que teve tanto sucesso na vacinação, quando teve o vice-almirante Gouveia e Melo à frente do processo, agora, a partir do momento em que ele foi de novo entregue ao Ministério da Saúde e à Direção Geral de Saúde, esteja a mostrar tanta dificuldade", acrescenta.
Nesta passagem por Viseu, Paulo Rangel contou com o apoio de Fernando Ruas, presidente da Câmara e ex-eurodeputado.