A segunda fase do estudo "Quem paga a raspadinha?", do Conselho Económico e Social com a Universidade do Minho, concluiu que mais de metade dos utilizadores daquele jogo o fazem por necessidade de dinheiro.
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A informação foi revelada por um dos autores do estudo, Luís Aguiar-Conraria, ao Observador: "Os resultados são assustadores. Nós temos bem mais de metade das pessoas a dizer que jogam na raspadinha porque necessitam de dinheiro. Necessitam é a palavra usada. Ou seja, estamos a falar de um imposto sobre o desespero".
O coautor do estudo adiantou que as conclusões da segunda fase ainda não foram divulgadas por falta de ajuda da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa: "A Ana Jorge foi a pessoa mais preocupada. Quando saiu a Ana Jorge e veio o novo provedor, o Paulo Alexandre de Sousa, essa colaboração foi ao ar e nós tivemos de nos desenrascar".
Aguiar-Conraria diz ainda que o ex-provedor Edmundo Martinho, que pediu o estudo, não ajudou: "Apenas recebemos hostilidade".