Despiste passa a ser feito mais tarde, passando dos 25 para os 30 anos. Incidência na faixa 60-70 anos justifica alargamento etário
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O rastreio de base populacional ao cancro do colo do útero vai passar a ser feito a partir dos 30 anos de idade e estender-se até aos 69 anos. Atualmente, compreende a faixa 25-60 anos, mas a cobertura vacinal contra o vírus do papiloma humano (HPV) levou as autoridades de saúde a avançarem com o início apenas aos 30 anos. Já o alargamento até aos 69 anos de idade (inclusive) prende-se com o facto de a vacinação não compreender a faixa acima dos 50 anos e de 19% dos casos de cancro de colo do útero ocorrerem no grupo etário 60-70.
Isso mesmo explica a Direção-Geral da Saúde (DGS) na norma agora publicada, onde sublinha que “o cancro do colo do útero é uma das principais causas de morte por cancro nas mulheres”. Em 2022, o Instituto Nacional de Estatística contabilizou 177 óbitos por cancro do colo do útero, 29% dos quais acima dos 80 anos de idade.