Mais de 57 mil embalagens foram vendidas nas farmácias no ano passado, apesar dos preços elevados. Casos de reativações tornam relevante a vacinação em adultos, sublinha especialista, que acredita que deveria ser comparticipada para melhorar acesso.
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A procura da vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) - responsável, entre outros, pelo cancro do colo do útero - está a aumentar por parte de adultos que não estão abrangidos pelo Plano Nacional de Vacinação (PNV). Esse aumento pode ser fruto de uma maior consciencialização sobre a possibilidade de reativações do vírus, bem como a um aconselhamento médico mais frequente sobre a importância da imunização, mesmo nas faixas etárias nos 50 e acima, explica, ao JN, a ginecologista e obstetra Paula Ambrósio, a propósito do Dia Internacional de Consciencialização sobre o HPV, que se assinala esta terça-feira.
“Antes, era comum muitos médicos dizerem aos doentes que não tinham idade para a vacina. Hoje, já não é assim”, afirma a médica na Maternidade Alfredo da Costa (ULS São José) e na CUF Belém, que atribui esta mudança à incorporação do teste do HPV no rastreio do cancro do colo do útero, que tem permitido identificar casos de reativação do vírus.