Metade dos novos diplomados do IST trabalha no estrangeiro. Sair do país não é “necessariamente mau”, diz membro da Agência Espacial Portuguesa.
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São jovens, maioritariamente rapazes, uns concluíram a licenciatura e outros fizeram o mestrado. Este é o retrato dos mais recentes diplomados em Engenharia Espacial, o curso que está no topo das notas mais altas de entrada no Ensino Superior. O Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade de Lisboa, o primeiro a formar engenheiros aeroespaciais no país, aponta que, no ano passado, os diplomados de 2021/2022 ganharam em média um salário bruto mensal de 2.445 euros, 50% acima dos salários média brutal nacional (1640 euros). Estamos há menos de dois anos no mercado de trabalho. Quase metade trabalha lá fora.
O questionário feito pelo IST mostra que, entre 2018 e o ano passado, o salário bruto mensal dos formados em Engenharia Aeroespacial variou entre os 2029 e os 2445 euros nos primeiros anos de carreira. Os dados estão em linha com os da Agência Espacial Portuguesa. “Em 2023, o custo médio por trabalhador no setor rondou os 41 mil euros anuais. As empresas pagam cerca de 23% do salário à Segurança Social, isto corresponde a um salário bruto em cerca de 33 mil euros por ano”, diz Marta Gonçalves, gestora de programas de educação e ciência da agência.