Dezenas de projetos tornam município mais eficiente e transparente, envolvendo a população.
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Para entrar ao serviço, os funcionários da Câmara de Águeda têm um sistema de reconhecimento facial que lhes abre a porta automaticamente e "pica o ponto", permitindo tornar mais eficiente e seguro o acesso ao edifício.
Já no parque Alta Vila, a poucos metros, a iluminação de vários postes pode ser regulada por qualquer cidadão, através da leitura de um QR code com um smartphone, graças ao projeto de eficiência energética Flex IP. Ao longo do concelho, serão instaladas cerca de mil luminárias do género. As pessoas podem aumentar a intensidade e programar a duração, por exemplo, personalizando-a conforme as necessidades.
São projetos que tornam a cidade mais inteligente, pois aproveitam a inovação tecnológica "para melhorar a vida dos cidadãos", tornar os sistemas mais eficientes e transparentes, explica o presidente da autarquia, Jorge Almeida, salientando que as pessoas são "envolvidas" no processo.
Mas não são os únicos exemplos. Por todo o concelho, há dezenas de projetos em curso, que tornam Águeda um autêntico "laboratório de experimentação". Para os partilhar, foi criada a plataforma "smartcity.agueda.pt", onde se percebe a vasta extensão de áreas abrangidas, desde o ambiente à mobilidade, economia, governança e muitos outros.
Na autarquia, existe uma plataforma de atendimento que permite a total desmaterialização de processos de obras particulares ou outras operações urbanísticas. Os documentos são submetidos, por técnicos especializados ou qualquer cidadão, de forma digital, tornando todo o processo mais rápido, seguro e transparente e evitando deslocações ao edifício da Câmara.
Desde que foi disponibilizada, em fevereiro do ano passado, deram entrada perto de 1870 procedimentos urbanísticos (de arquitetura, autorizações de utilização, alvarás de licença de construção, entre outros).
Há um serviço de plantas de localização, através do qual é possível desenhá-las e imprimi-las para saber se é viável construir ou se há condicionantes, entre outras utilizações. Foi criado um balcão virtual de atendimento para diversos serviços da Câmara, como consulta de processos e acesso a formulários e documentos oficiais.
Para medir a poluição atmosférica e recolher dados sobre a qualidade do ar, foram instalados pelo município um total de 106 sensores meteorológicos e sensores de partículas e gases.
Para incentivar a experimentação e inovação na área da iluminação, foi criado o Lighting Living Lab, aberto ao público.
É possível saber a disponibilidade de lotes no Parque Empresarial do Casarão, seguir os níveis de água do rio (monitorizados para minimizar os efeitos das cheias e lançar alertas), acompanhar as intervenções feitas na floresta, saber as novidades culturais com a app "cityfy", reservar livros na biblioteca, para além de outras funcionalidades.
Grande parte da informação é de livre acesso na plataforma, para manter a população informada e fomentar outros projetos.