Sindicato quer avançar para a via judicial contra a cimenteira.
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Cerca de 400 reformados, familiares e trabalhadores da cimenteira Cimpor juntaram-se na sexta-feira junto à sede da empresa em Lisboa, entre as 11.30 horas e as 13.30 horas, para protestar contra a decisão administrativa de retirar os complementos de assistência na doença a 1300 beneficiários.
Segundo um comunicado à imprensa da promotora do protesto, a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção em Cerâmica e Vidro (Feviccom), os trabalhadores organizaram-se para apelar à revogação da medida anunciada pela Cimpor, que entrou em vigor no próprio dia da concentração. “Esta intenção da Administração é unilateral, injusta, infundada e tomada sem qualquer auscultação dos interessados e dos seus representantes!”, exclamaram os manifestantes.
O sindicato declarou que vai apresentar uma posição de protesto na embaixada da Turquia em Portugal e prometeu ainda avançar para a via judicial caso não haja alteração na posição da empresa. A empresa cimenteira do grupo OYAK defendeu-se indicando que a medida visa “uniformizar os direitos de todos os trabalhadores” e que “um grupo pequeno de trabalhadores atualmente ativos teriam direito ao benefício” na mesma, os trabalhadores ativos com menos de 66 anos.
A Feviccom asseverou que a medida “baliza todos por baixo” e “retira a todos, em vez de aplicar a todos”. Os sindicalistas agendaram uma reunião “urgente” entra a Administração, a Associação de Reformados da Cimpor e a Comissão de Trabalhadores, defendendo que devem manter a denúncia pública e a luta pelo direito “que é património de todos nós [trabalhadores]”.
Já tentaram diálogo
“Houve uma reunião solicitada pela Comissão dos Trabalhadores há duas semanas, mas a situação não se alterou”, comentou Fátima Messias, coordenadora da Feviccom, ao JN. É uma “total falta de fundamento e ausência de audição e diálogo com os representantes dos trabalhadores”. “Queremos iniciar um processo prolongado de luta contra esta decisão da Administração”, rematou.