Reformados portugueses são dos que mais continuam a trabalhar por necessidade
Portugal é dos países da União Europeia onde os reformados mais trabalham por necessidades financeiras. No entanto, segundo um relatório do Eurostat, o país está em linha com a média europeia no que diz respeito ao número de pensionistas que não pára de trabalhar depois da reforma.
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De acordo com os dados estatísticos recolhidos pela União Europeia, em Portugal há 13,2% de pensionistas que mantêm a vida profissional ativa após a idade da reforma, percentagem alinhada com a média europeia, fixada nos 13% no ano passado, e divulgada em maio pelo Instituto Nacional de Estatística. Porém, enquanto a maioria dos pensionistas europeus decide continuar a laborar por gosto pelo trabalho ou para não baixar a produtividade, por cá a necessidade financeira é a principal razão.
Cerca de 39% dos reformados portugueses que continua a trabalhar depois de receber a pensão de velhice fá-lo por necessidade, um valor mais alto do que os 28,6% registado entre os 27 Estados-membros, mas apontado como a principal razão por 11 países. Neste parâmetro, Portugal é o sexto país da lista, ultrapassado por nações que aderiram mais tarde à União Europeia. Com mais de dois terços dos reformados a admitirem que continua a trabalhar por necessidade (68,6%), o Chipre lidera este indicador, seguido da Roménia e da Bulgária, onde a razão motiva mais de metade dos pensionistas (54,3% e 53,6%, respetivamente), da Croácia (48,2%) e da Letónia (47,9%). O país onde esta preocupação é menos significativa é a Suécia, sendo uma razão apontada apenas por 9,4% dos pensionistas que continuam ativos.