Projeto visa comprovar se com metade do consumo habitual é possível ter o mesmo nível de qualidade e de quantidade de uvas.
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A rega da vinha na Região Demarcada do Douro só é permitida em anos de seca extrema, em situações de comprovado stresse hídrico das videiras e com autorização do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, mas com a evolução, para pior, das alterações climáticas pode vir a ser mais recorrente. Partindo desta perspetiva, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a desenvolver um projeto de rega inteligente que visa o uso eficiente da água para conseguir uma poupança de 50%.
O projeto chama-se DATI, a sigla em inglês, que em português quer dizer qualquer coisa como tecnologias digitais para rega eficiente na agricultura, e envolve cinco países. Em Portugal é a UTAD que tem em mãos a investigação dedicada à vinha, para “tentar resolver um problema que é cada vez mais premente, que é a escassez de água para uso agrícola”, diz, ao JN, o docente e investigador Joaquim João Sousa.