Bastonário disse que horário base ia ser alterado, mas não é exequível. Sindicatos com baixas expectativas para reunião de hoje com ministro.
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O regresso dos médicos do SNS a um regime de 35 horas de trabalho por semana, como foi avançado pelo bastonário há uma semana, implicaria contratar mais cerca de quatro mil médicos só para manter a mesma resposta assistencial, contando com as horas extraordinárias que são feitas atualmente. As contas são de Pedro Pita Barros, economista em Saúde que já tinha feito um exercício semelhante sobre o impacto da redução do horário de trabalho nas outras profissões do SNS entre 2015 e 2018.
Ao JN, os sindicatos médicos garantem que nunca houve abertura da tutela para o regresso às 35 horas da maioria dos médicos. Um mês depois das negociações terem terminado sem acordo, FNAM e SIM voltam hoje a reunir-se com o ministro da Saúde num cenário de caos nos hospitais, com milhares de médicos a recusarem-se a fazer mais horas extra e com “preocupação extrema” e “baixas expectativas” porque não encontram a necessária valorização do trabalho médico no Orçamento do Estado para 2024 .