Segundo o relatório preliminar da Autoridade Nacional Proteção Civil (ANPC) o tempo de resposta na sequência do acidente do passado sábado poderá ter sido comprometido por atrasos nos contactos por parte da NAV e do 112.
Corpo do artigo
Segundo o documento, tanto a NAV Portugal como o Centro Operacional do Norte - 112 (CONOR) não efetuaram o contacto com o centro de coordenação da Força Aérea Portuguesa "com a necessária tempestividade, podendo ter comprometido o tempo de resposta dos meios de busca e salvamento"
O relatório hoje publicado na página da Proteção Civil salienta que esta tratou-se de "uma ocorrência absolutamente excecional e que levou a uma resposta, também ela, de exceção". Nos considerandos são apontadas várias falhas ao modo como as diversas autoridades reagiram ao acidente que viria a causar a morte dos quatro ocupantes.
10335699
Desde logo, a NAV Portugal durante 20 minutos, das 19.20 horas às 19.40 horas, desenvolveu as suas próprias diligências, "em detrimento do cumprimento do estipulado na Diretiva Operacional Nacional". O relatório também aponta o dedo ao CONOR (112) que, "após o contacto de cidadãos, não alertou o CDOS do Porto, dando preferência ao despacho de meios das forças se seguranças e não encetou diligências junto da ANPC para restringir a área de busca".
Por sua vez, o Comando de Operações Distritais (CDOS) do Porto "foi alvo de seis tentativas de contacto telefónico sendo que apenas uma delas foi abandonada antes do atendimento", salienta o relatório.
10337209
E conclui que "o contacto com o Rescue Coordination Center da Força Aérea Portuguesa para a identificação de um possível acidente com uma aeronave, tanto por parte da NAV Portugal como do CONOR (112) não foi efetuado com a necessária tempestividade, podendo ter comprometido o tempo de resposta dos meios de busca e salvamento".
O relatório preliminar da ANPC salienta ainda que as condições meteorológicas sentidas e a orografia do terreno foram fatores condicionantes para o desenvolvimento das buscas.