Repor freguesias é um "erro" e é "pouco eficiente", alerta diretor da FEP
A reposição das freguesias não é regionalização e irá agravar custos e diminuir a eficiência da gestão. O alerta resulta de uma análise da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP).
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O estudo da FEP aponta que o elevado centralismo de Portugal coexiste com um excesso de Unidades Administrativas Locais (UAL) quando comparado com o resto da União Europeia (EU). A reposição de freguesias aprovada agora pelo Parlamento agrava a situação.
“Num contexto em que o país precisa de ser reformado, está a engordar com freguesias, sem trazer, do nosso ponto de vista, nada do que o país precisava, que era de facto a descentralização”, argumenta o diretor da FEP, Óscar Afonso, considerando que a reposição foi “um erro”. “Descentralizar não é ter mais freguesias” e o elevado número destas unidades causa uma “divisão muito acentuada” e é “pouco eficiente”.