Poupanças para a reforma estão a ser usadas para responder às subidas das taxas de juro e do custo de vida.
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Os portugueses resgataram 887,3 milhões de euros dos planos poupança reforma (PPR) nos primeiros nove meses deste ano, mais 312,5 milhões quando comparado com o período homólogo de 2022, segundo os dados fornecidos pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). Foi um aumento de 54% numa altura em que as famílias podem recorrer a estes instrumentos para fazer face ao aumento do custo de vida e à subida das taxas de juro, sem qualquer penalização. Apesar dos dados do regulador não revelarem as razões para o levantamento de PPR, tudo aponta para que a escalada das Euribor e a subida da taxa de inflação terão impulsionado este crescimento dos resgates.
Desde junho e até ao final de 2023, os aforradores podem antecipar o resgate de PPR para amortizar o empréstimo da casa até ao limite de 5765,16 euros (12 vezes o indexante de apoios sociais que, este ano, está fixado em 480,43 euros).