Setor social reuniu-se com Ministério da Segurança Social e os quatro parceiros reafirmam que definiram uma "linha vermelha" para assinar o acordo de cooperação.
Corpo do artigo
Os quatro parceiros do setor social – misericórdias, IPSS, mutualidades e setor cooperativo – reuniram-se, ontem, com a secretária de Estado da Inclusão para negociar o novo compromisso de cooperação para 2023/2024, reiterando “o momento extremamente difícil que as instituições atravessam”, disse, ao JN, Manuel Lemos. Em especial, precisou o presidente da União das Misericórdias, “nas respostas residenciais, como os lares”, onde mais se sente o peso dos “recursos humanos e do aumento dos custos com alimentação e energia”.
Conforme o JN noticiou, os parceiros definiram uma “linha vermelha” abaixo da qual recusam-se a assinar o novo acordo com o Governo. Segundo Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, a proposta foi subscrita pelos quatro parceiros, “sendo os valores consensuais”, podendo ser diferentes consoante as respostas sociais. Adiantando que da parte de Ana Sofia Antunes “houve compreensão dos argumentos apresentados”.
Por forma a cumprir a promessa de distribuição equitativa de encargos e fazer face aos aumentos da massa salarial e da inflação, o setor defende uma atualização das comparticipações na casa dos 12%, que engloba já o aumento adicional de 5% acordado em dezembro.
Tendo ainda apurado um valor que consideram “justo” e apresentado agora ao Governo “uma proposta de linha vermelha” abaixo da qual não assinarão o novo compromisso, reafirmou ao JN Manuel Lemos. Não quantificando, o presidente da União das Misericórdias explica tratar-se de “um valor sem o qual o setor corre o risco de colapsar”.