Subida nos combustíveis, falhas no transporte, açambarcamento, aumento nas matérias-primas e nos custos de conservação e de confeção das refeições devido aos preços da energia são alguns dos muitos fatores que se juntam para desesperar os empresários dos restaurantes. Voltaram a agravar a fatura aos clientes, de 10% a 15%, mas mantendo, mesmo assim, o prejuízo que já se arrasta com a pandemia. Reclamam corte no IVA, confrontados com energia e produtos mais caros.
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Entre as medidas mais urgentes, a Associação Nacional de Restaurantes, a PRO.VAR, exige do Governo a redução do IVA, enquanto aguarda pela marcação de uma reunião com o Executivo. Esperam ainda resposta sobre assuntos discutidos no âmbito da pandemia da covid-19 como os apoios a fundo perdido e a reestruturação das dívidas.
Óleo sobe até mais 200%
O presidente da Associação Nacional de Restaurantes, Daniel Serra, exemplificou ao JN com as "subidas astronómicas no óleo, entre mais 100 a 200%" no preço, ou mesmo com os aumentos na massa e arroz.
Num cenário de disrupção dos circuitos de entrega, açambarcamento e aumento da procura, há uma subida transversal às matérias-primas, incluindo carne, peixe, hortícolas e frutas. Daniel Serra aponta aumentos na ordem dos 10%.
A agravar a pressão dos restaurantes, que se sentiram forçados a aumentar de novo os preços nos seus menus, estão os acréscimos nos custos de energia elétrica nas cadeias de conservação e do gás no setor da restauração.
Fatura da energia duplica
Há restaurantes com aumento de faturas de energia para o dobro, face ao mesmo mês de 2021, destacou o representante do setor ao JN.
Questionado sobre matérias-primas que começam a faltar, explicou que tal depende das zonas do país e também do açambarcamento, dando como exemplo óleos, cereais, arroz e massas.