Retenções no 3.º Ciclo estão a aumentar há três anos letivos consecutivos
Conselho Nacional de Educação alerta para quebra das taxas de conclusão e falhas nas aprendizagens essenciais. Defendido um plano para os primeiros anos e a criação de um ciclo de escolaridade único dos 6 aos 12 anos
Corpo do artigo
Há três anos letivos consecutivos que a taxa de retenção e desistência no 3.º Ciclo (do 7.º ao 9.º anos) segue uma curva ascendente, sendo mais do dobro face a 2019-2020, quando bateu mínimos nos 3%. Situação, alerta o Conselho Nacional de Educação (CNE), que “deve ser acompanhada nas suas múltiplas vertentes nos próximos anos”.
No mais recente “Estado da Educação 2023”, o CNE sinaliza, ainda, as elevadas percentagens de alunos que não aprendem o que está previsto nos currículos e o baixo acesso dos alunos estrangeiros a Português Língua Não Materna (PLNM). Defendendo um novo modelo de educação nos primeiros anos, num ciclo de escolaridade único dos seis aos 12 anos. “Não se podem deixar alunos pelo caminho”, avisa o seu presidente, Domingos Fernandes.