Relação benefício-risco em análise contínua e em articulação com Europa.
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Com milhares de notificações, e recursos limitados, o Infarmed foca-se na “gestão de risco”, dando seguimento mais apertado aos reportes de reações notificadas “como graves e inesperadas”, tendo como fim último o “perfil de segurança do medicamento”. Numa articulação contínua com a Agência Europeia do Medicamento (EMA). Consoante a reação descrita, e estabelecida a sua causalidade, em última instância pode ser ordenada a retirada do fármaco do mercado. O que “é raro”, explica a responsável pelo departamento de farmacovigilância da autoridade nacional.
Usemos um exemplo concreto. Na sua última reunião, o Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da EMA abriu um processo de revisão de segurança dos fármacos contendo metamizol, utilizados no tratamento de dor moderada a grave e febre. Em causa a contínua notificação de casos de agranulocitose (diminuição repentina de glóbulos brancos que pode levar a infeções graves), um dos efeitos secundários daqueles medicamentos (em Portugal, descrito como muito raro). A revisão visa, assim, avaliar aquele risco e medidas para o minimizar.