Revista de Imprensa: Aumento da despesa com medicamentos gratuitos para beneficiários do CSI
O destaque da imprensa desta terça-feira vai para a manchete do “Diário de Notícias” sobre o crescimento de 68% da despesa com medicamentos gratuitos para beneficiários do Complemento Solidário para Idosos.
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Segundo o jornal, o custo é bastante superior ao anunciado pelo Governo de Luís Montenegro, salientando que dos 406,9 milhões de euros orçamentados para esta prestação social em 2025, até maio, já tinham sigo gastos 51,3%. Segundo dados do Infarmed, o custo da medida passou de 1,9 milhões contabilizados em junho de 2024, para 3,2 milhões em março de 2025, enquanto “o número de utentes distintos com dispensa de embalagens” subiu 53,6% no mesmo período, de 91500 para 141500.
Pensões em Portugal são das que mais vão consumir receita
O “Negócios” alerta para o impacto que a redução da população ativa associada ao envelhecimento e a perspetiva de estabilização na carga fiscal terá em Portugal, dentro de duas décadas e meia, referindo que o país estará no topo da lista dos países da União Europeia cujas finanças públicas vão enfrentar maior pressão com os custos de pensões, apenas atrás de Espanha. Segundo o mais recente relatório anual sobre fiscalidade da Comissão Europeia, o pagamento de pensões deverá consumir, em 2050, um pouco mais do que 40% da receita fiscal e contributiva do país, ou seja, quatro em cada dez euros recebidos pelo Fisco e pela Segurança Social, representando um agravamento significativo face aos dados de partida no estudo, ainda de 2022.
Helicópteros do INEM custam 42 mil euros por dia até 2030
O “Correio da Manhã” fez as contas aos gastos com os quatro helicópteros de emergência médica ao serviço do INEM até 30 de junho de 2030, referindo que vão custar mais de 42 mil euros por dia. O contrato para os aparelhos, que devia vigorar entre 1 de julho deste ano e 30 de junho de 2030 — mas que não está a ser cumprido pela empresa vencedora do concurso, a Gulf Med — tem um custo de 77.475.160 euros, para 1826 dias. Os helicópteros já deviam estar ao serviço do INEM, mas atualmente só dois estão disponíveis — um em Loulé e outro em Macedo de Cavaleiros, mas nenhum ao abrigo do contrato –, estando o INEM a pagar, por ajuste direto, a utilização de ambos, precisamente à Gulf Med.
Menos de 10 agências bancárias em dois terços dos concelhos
O “Público” avança que dois terços dos concelhos portugueses têm menos de dez agências bancárias e que no concelho de Portalegre nenhum concelho superava esse número. Já em Lisboa, no final de 2024 havia 295 balcões. “Nenhum dos 15 concelhos do distrito de Portalegre tem mais de dez freguesias, refletindo o limitado peso populacional da região do Alto Alentejo, mas há outro aspeto que estes concelhos têm em comum: nenhum deles tem mais de dez agências bancárias com serviços para a sua população”, escreve o jornal, anotando que há uma década, “havia na região três concelhos que superavam aquela fasquia: o município de Portalegre, Elvas e Ponte de Sor. Em 2024, nenhum”.
Empresas pedem medidas para acelerar aposta no gás renovável
“O Expresso” refere que Jaime Braga, secretário-geral da APPB – Associação Portuguesa de Produtores de Bioenergia, está preocupado com a dificuldade de várias empresas de fazer um conjunto de projetos de biometano sair do papel. “Há claramente um atraso em decisões que são da responsabilidade do Governo. Não definimos quem é a entidade licenciadora e os projetos estão todos na gaveta”, alerta o responsável. Por isso, Jaime Braga solicitou uma reunião com o secretário de Estado da Energia, Jean Barroca, que deverá decorrer esta terça-feira, lembrando que são várias as indefinições que podem atrasar a aposta do país nos gases renováveis, como por exemplo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) ainda não ter alterado os regulamentos de acesso às redes de gás.