Revista de Imprensa: Do IRS pago até 1 de setembro ao apagão que custou dois mil milhões
O relatório Conselho da Europa sobre o combate à violência doméstica em Portugal, que acusa a justiça de ser condescendente com os agressores, é o tema de destaque a imprensa generalista, nesta terça-feira, mas o IRS e o apagão também estão nas primeiras páginas.
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Em período de entrega das declarações de rendimentos referentes a 2024, o “Público” alerta que os contribuintes que têm de pagar IRS à Autoridade Tributária e Aduaneira têm até 1 de setembro para o fazer. A partir dessa data, quem não conseguir pagar tudo de uma vez, pode pedir ao Fisco para liquidar o imposto a prestações, o que implica, porém, pagar juros de mora ao Estado. Quem decidir pagar a prestações tem de fazer um pedido no Portal das Finanças ou numa repartição nos 15 dias seguintes à data-limite do pagamento.
Apagão custou dois mil milhões às empresas
O “Negócios” avança que o apagão ibérico de cerca de 12 horas, a 28 de abril, afetou 95% das empresas, o que lhes terá custado mais de dois mil milhões de euros, segundo um inquérito efetuado pela Associação Industrial Portuguesa. Das empresas que reportaram prejuízos, 67% querem uma compensação, seja através de uma indemnização direta, a redução de tarifas ou impostos sobre energia.
Adicional sobre a banca em vias de acabar
O “Negócios” escreve, também, que o Adicional de Solidariedade sobre o Setor Bancário já tem fim à vista, depois do Ministério Público ter solicitado ao Tribunal Constitucional a apreciação, “em sede de fiscalização abstrata sucessiva”, de duas das normas que o regulam. Já se contabilizam 32 decisões, entre acórdãos e decisões sumárias, que concluíram pela inconstitucionalidade das normas em causa, o que levará os juízes do Palácio Ratton a decidirem pela inconstitucionalidade com força obrigatória geral do ASSB, criado em 2020 e que representa, até 2025, uma receita na ordem dos 220 milhões de euros.
Megaprojeto fotovoltaico nas traseiras da Comporta
O “Expresso” avança que a empresa Tecneira vai construir o Complexo Solar Fotovoltaico do Sado na Comporta, caso consiga obter as aprovações necessárias. O projeto terá uma potência de 600 megawatts (MW) e prevê 1,1 milhões de painéis, instalados em estruturas que fazem os módulos irem mudando de posição ao longo do dia, seguindo o sol e maximizando a produção de eletricidade. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ainda não deu uma resposta ao projeto que está em consulta pública até 11 de junho e, caso tal aconteça, ainda é preciso passar pela fase de elaboração do estudo de impacte ambiental (EIA).
Análises clínicas em risco
Numa entrevista ao “Diário de Notícias”, Nuno Castro Marques, diretor-geral da Associação dos Laboratórios Clínicos”, alertou que “se não houver licenciamento” para a expansão da rede de laboratórios, “não há convenção com o SNS e os utentes não têm acesso a análises clínicas”. O responsável lamenta que o processo em Portugal seja “burocrático e desajustado da realidade” e que alguns laboratórios esperam quatro anos para abrir portas.
Cada vez mais americanos investem em Portugal
O “Jornal Económico” cita Marco Tairum, CEO da imobiliária Keller Williams, segundo o qual os norte-americanos da classe média estão a imigrar para Portugal ou a transferir os investimentos imobiliários para o país devido à instabilidade e à menor rentabilidade que estimam ter nos próximos anos nos Estados Unidos. Segundo Tairum, a tendência “começou com o cliente tradicional, de gama alta”, mas os de classe média também está a entrar no mercado português “para habitação permanente e também a contribuírem para o aumento do negócio da intermediação de crédito, porque muitos deles também recorrem a financiamento em Portugal”.

