Revista de Imprensa: Dos prejuízos da TAP ao corte no combate à pobreza energética
Numa manhã de sexta-feira que acordou com a notícia de que a TAP agravou os prejuízos em 18,1 milhões de euros para 108 milhões no primeiro trimestre deste ano, que está em destaque nos sites da imprensa nacional, outros temas marcam também o dia, como a quebra de 60% no apoio à pobreza energética, segundo o “Público”.
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O jornal assinala que o Governo cortou 60% dos vales para combater a pobreza energética, passando da meta de 100 mil cheques definidos no Plano de Recuperação e Resiliência para apenas 40 mil. O “Público” regista, ainda, que em quatro anos, “nem 20 mil vales chegaram ao destino” e que para compensar “há agora 90 milhões para obras e eletrodomésticos”.
Alentejo é a região com mais suicídios
O “Público” analisou os dados do INE sobre a taxa de mortalidade de 2023 e constatou que “não houve qualquer caso de suicídio entre crianças e jovens até aos 14 anos”, mas que na faixa entre os 15 e os 24 anos 49 pessoas tiraram a própria vida. Embora a taxa de mortalidade por suicídio não tenha sofrido alteração (desceu de 9,9% para 9,8% por 100 mil habitantes), é na região do Alentejo e entre os mais velhos, que é mais significativo.
ANA com lucro recorde em 2024
E se a TAP dá prejuízo, já a ANA – Aeroportos de Portugal esfrega as mãos de contente, pois teve um lucro recorde em 2024 de mais de 511 milhões de euros, um acréscimo de 26,5% face aos cerca de 404 milhões apurados em 2023, regista o “Negócios”. No ano passado, o tráfego aéreo bateu níveis recorde de passageiros, segundo a concessionária detida pelo grupo Vinci.
Parcelas de heranças sem mais-valias na venda
O “Negócios” revela que o Supremo Tribunal Administrativo veio contrariar a leitura feita pela Autoridade Tributária e, numa decisão que vem uniformizar jurisprudência, afasta a tributação de mais-valias quando um herdeiro venda a sua parte numa herança indivisa. O jornal destaca, ainda, que os “contribuintes que já pagaram poderão pedir a revisão oficiosa e pedir devolução”.
Chega pode conquistar autarquias
O “Expresso” faz manchete sobre os resultados eleitorais de domingo passado do Chega e como estes podem impactar as autárquicas. O semanário recorda que o partido de André Ventura foi o mais votado em 60 dos 308 concelhos do país e que desses, 21 municípios podem mais facilmente passar a ser liderados pela extrema-direita, pois são aqueles em que os autarcas estão em limite de mandato. “Olhão e Portimão, onde o Chega venceu pela segunda vez consecutiva em legislativas, são os casos mais flagrantes, mas Sintra, Montijo, Vila Franca de Xira, Loulé, Silves, Alenquer, Palmela, Benavente, Sines, Almodôvar, Castro Marim, Chamusca, Almeirim, Monforte, Fronteira, Vila Franca do Campo, Vila Nova da Barquinha, Entroncamento, Salvaterra de Magos e Sobral de Monte Agraço também constam da lista”, escreve-se.
Devolução do tempo de serviço custa 11,5 mil milhões até 2077
A reposição do tempo de serviço dos professores, num acordo alcançado por Luís Montenegro em 2024, segundo um estudo do Centro de Conhecimento para a Área de Políticas Públicas da Nova School of Business and Economics (Nova SBE), divulgado pelo “Expresso” pode, afinal, ter um impacto negativo na atratividade futura da carreira e aumentar a desigualdade entre diferentes gerações de profissionais. “Segundo o relatório, aquele acordo custará até 2077 um total de 11,5 mil milhões de euros”.
Projetos do fundo de apoio à cultura não foram concluídos
A CNN Portugal noticia que o fundo de apoio à cultura pagou mais de 123 milhões de euros a entidades e fundações culturais sem qualquer acordo escrito ou qualquer garantia de que o projeto para o qual foi enviado o dinheiro tenha tido os resultados ou os impactos previstos. Estas são as conclusões do relatório da Inspeção-Geral das Finanças, que alerta para a existência de várias “irregularidades” nos apoios dados a projetos culturais entre 2020 e 2022. Registaram-se também pagamentos de subsídios a artistas “em excesso” e uma série de projetos que receberam fundos e não foram sequer iniciados.
Empresário Pedro Pinho na mira da justiça
O “Correio da Manhã” avança que os negócios do empresário de futebol Pedro Pinho podem estar na origem dos confrontos na Assembleia-Geral do F. C. Porto, em novembro de 2023, e que estarão agora na mira da justiça, no âmbito do processo “Prolongamento”. O jornal aponta especificamente as transações de Éder Militão, Loum e Taremi, mas outras compras e vendas de jogadores terão enriquecido o empresário.