Revista de Imprensa: Empresa de manutenção da Carris teve sede num local onde nunca funcionou

Após o descarrilamento que provocou 16 mortos e 22 feridos, e em busca de respostas para o trágico acidente, vai-se levantando, dia para dia, o véu sobre a manutenção do equipamento. Hoje, sabe-se que a empresa responsável pela manutenção tinha sede social num local onde nunca funcionou. O parque tecnológico ligado à Universidade Nova de Lisboa, que ainda hoje recebe correspondência da MNTC, nomeadamente bancária, garante que nunca teve qualquer contrato com a empresa - que usa a marca Main - nem com a Geratriz, as duas dos mesmos donos e que, no passado, usaram aquela morada como sede. Apenas a Geratriz teve, em 2010, um "acordo de cedência de espaço" no Edifício 6. Só no último contrato com a Carris, assinado há uns dias, é que aparece a morada da atual sede, em Almada, onde as duas empresas têm de facto instalações.

Carris só exigia dois anos de experiência a empresa de manutenção

A Carris não exigiu experiência mínima aos técnicos da empresa responsável pela manutenção do Elevador da Glória no concurso público lançado em junho de 2019, revela a revista "Sábado" na edição desta semana. Segundo o caderno de encargos, a empresa de transportes só exige que as equipas de manutenção "devem possuir capacidade técnica e experiência mínima de dois anos neste tipo de prestação de serviços de manutenção dos Ascensores da Bica, Lavra e Glória e do Elevador de Santa Justa ou em equipamentos similares". No entanto, José Manuel Oliveira, coordenador da FECTRANS, sindicato dos transportes e telecomunicações, defende que "para dominar a máquina, até pelos barulhos, é preciso pelos menos cinco, seis anos". Este espaço temporal vai ao encontro dos requisitos impostos pelos STCP, que exige, no caderno de encargos, um mínimo de cinco anos de experiência a toda a equipa de manutenção de funiculares.

Gouveia e Melo recruta apoios no PS

Correia de Campos não explica, para já, porque decidiu aceitar o cargo de mandatário de Henrique Gouveia e Melo, ex-Chefe do Estado-Maior da Armada e candidato presidencial, para o distrito de Viseu. Segundo o "Público", o ex-ministro de António Guterres e José Sócrates cumpre a disciplina partidária e só falará sobre o seu apoio a Gouveia e Melo para Belém depois da Comissão Nacional, que a direção socialista marcará a seguir às autárquicas para discutir as presidenciais. Certo é que o candidato se vai mexendo entre os socialistas e há vários autarcas do PS a apoiá-lo, como o presidente da Câmara do Crato, Joaquim Diogo, o vice-presidente da Câmara de Loulé, Pedro Pimpão, e o presidente da junta de Campolide, Miguel Belo Marques, entre outros. No entanto, António José Seguro, candidato da esfera socialista, é o que reúne o apoio da maioria dos presidentes da câmara em funções.

Novo bilhete único nacional para transportes públicos

O ministro-adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, anunciou, no final de uma audição na comissão da Reforma do Estado e Poder Local requerida pelo Chega e pelo PS, que o Governo está a trabalhar na criação de um bilhete único nacional para todos os transportes públicos, escreve o "Negócios". Mas, esta não foi a única medida em execução e o ministro referiu haver outras que pretendem "simplificar a vida das pessoas e das empresas". Esta ideia de criação de um bilhete único não é nova, pois, em 2023, o PS tinha anunciado a criação do "1Bilhete.pt", que visava "a criação de uma plataforma de bilhética intermodal de abrangência nacional" destinada a "compatibilizar os tarifários das diferentes regiões". Outra medida em preparação passa por retirar do suporte físico do documento único automóvel (DUA) a morada do titular, para evitar situações em que os automobilistas são multados porque a morada constante no DUA não coincide com a do cartão de cidadão, algo que é obrigatório que aconteça, dando lugar a coimas.

Governo fecha "dor de cabeça" das janelas eficientes em outubro

Mais de dois anos depois de ter sido lançado, o Programa Edifícios + Sustentáveis, com "cheques" para incentivar a instalação de janelas eficientes, painéis solares, bombas de calor, entre outros, está prestes a ficar concluído, com o Ministério do Ambiente e Energia a apontar para outubro o fim do processo de avaliação de todas as candidaturas, avança o "Negócios". "De momento, das 80 mil candidaturas iniciais, existem 2950 cuja análise ainda não se iniciou", revela fonte oficial do ministério tutelado por Maria da Graça Carvalho. Há cerca de um mês contavam-se ainda dez mil candidaturas por avaliar.