Revista de imprensa: ERS recebeu quase 100 queixas de utentes do SNS por discriminação em centros privados

Utentes queixam-se de dificuldade na marcação e realização de exames, como ecografias e mamografias
Foto: Pedro Correia / Arquivo
O tempo de espera para realizar exames é cada vez maior e os utentes do SNS sentem-se preteridos em relação a quem tem seguros e outros subsistemas, o que levou a um aumento das queixas junto da Entidade Reguladora da Saúde, destaca, esta quinta-feira, o "Diário de Notícias".
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Em 2023, a ERS recebeu 78 queixas de discriminação de utentes do SNS em relação ao acesso a exames em centros privados de diagnóstico e terapêutica. Em 2024, foram 77, mas, este ano, até outubro, já entraram 96 queixas, mais do que no total de cada um dos anos anteriores. A este ritmo, o número de queixas deverá ultrapassar, pela primeira vez, a centena até ao final de 2025. A ERS refere que as queixas têm visado, sobretudo, a dificuldade na marcação e realização de exames, como ecografias, mamografias, ressonâncias ou TAC, pois as vagas existentes nos centros privados para o SNS podem levar a uma espera de três a quatro meses. O mesmo acontece também em relação a tratamentos de reabilitação, como fisioterapia.
Governo investe sete milhões para vacinar nas farmácias, mas adesão está a baixar
As farmácias estão a administrar menos vacinas da gripe e da covid-19 do que os centros de saúde e estão também com uma performance inferior à registada no mesmo período do ano passado. Até 18 de novembro, estavam dois milhões de pessoas vacinadas contra a gripe e 1,2 milhões contra a covid-19, o que, comparando com o relatório da mesma semana de 2024, significa que há mais 40.373 pessoas imunizadas contra a gripe, mas menos 20.4961 contra o coronavírus, assinala o "Público". Esta melhoria na imunização contra a gripe, que decorre desde 23 de setembro, deve-se ao facto de os centros de saúde do SNS já terem administrado mais 209.843 vacinas para a gripe do que no mesmo período de 2024, enquanto as farmácias administraram menos 171.199 vacinas da gripe. A Associação Nacional de Farmácias justifica os números com a hesitação e até recusa vacinal da população elegível para vacinação na farmácia (entre os 60 e os 84 anos), e defende o fim do incentivo atribuído às farmácias para a redução do desperdício de doses, por considerar que leva a perdas de oportunidade de vacinação. A associação que representa as unidades de saúde familiar realça que a entrega da vacinação às farmácias custa até 7,6 milhões de euros por campanha, uma "despesa desnecessária" porque os centros de saúde dão conta do recado.
Carlos Abreu Amorim: "Se for preciso, Governo recalibrará" "via verde" da imigração
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, avisa que o país estará "a caminhar em gelo fino" em 2026 e apela à responsabilidade dos partidos da oposição na votação na especialidade do Orçamento do Estado que se inicia nesta quinta-feira. Em entrevista ao "Público" e "Rádio Renascença", acusa o PS de não ter "segurança nas suas posições políticas" e desdramatiza críticas do antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. O governante diz, ainda, que acredita no sistema implementado atualmente na chamada "via verde" da imigração, mas adianta que o Governo vai "dar-lhe mais eficácia", depois de, em seis meses, terem sido emitidos apenas 800 vistos no âmbito deste programa. "Reconhecemos que, eventualmente, aqueles resultados iniciais não são exatamente os que estávamos à espera, mas acreditamos no sistema e acreditamos que vai acabar por funcionar. Se for preciso recalibrar esse sistema, com certeza o Governo o fará".
"Ascendi tem óbvio interesse na terceira travessia do Tejo"
O fundo de infraestruturas francês Ardian, que detém a Ascendi, está já a posicionar-se para a nova concessão das travessias do Tejo, após o fim do contrato da Lusoponte em 2030. "Trata-se de um projeto que se insere diretamente no setor em que a Ascendi opera, pelo que é óbvio o nosso interesse", afirmou Benoit Gaillochet, corresponsável de Infraestruturas do fundo na Europa, em entrevista ao "Negócios", anotando, no entanto, que a alta velocidade em Portugal está fora do radar do fundo francês. "Analisámos atentamente esta oportunidade e decidimos não a aproveitar. Achámos que era difícil porque não é a nossa especialidade. Verificámos se seríamos capazes de criar o consórcio adequado para ganhar e quando vimos que os astros não estavam completamente alinhados, decidimos não continuar a investir esforços", justificou Gaillochet.
Presidente do TC esteve quase um ano à espera de resposta de Luís Montenegro
O presidente do Tribunal Constitucional, José João Abrantes, foi ao Parlamento para pedir um aumento do orçamento para 2026 do Tribunal Constitucional e da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos depois de não ter tido resposta do primeiro-ministro desde dezembro de 2024. "Cheguei a ter uma reunião marcada para dezembro de 2024 que foi desmarcada por contacto telefónico", revelou. O gabinete de Luís Montenegro disse que a reunião seria reagendada, mas não chegou a haver mais nenhum contacto. O PSD sugere que pedido de mais dinheiro será para comprar carros.
