O destaque na imprensa nacional, desta quinta-feira, vai para a primeira entrevista de Álvaro Almeida, diretor-executivo do SNS, na qual diz que “estão feitas” as escalas de urgência dos hospitais para este verão e alerta para a “possibilidade de concentração de serviços nas urgências”.
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Em entrevista ao “Público” e à “Rádio Renascença”, Álvaro Almeida, diretor-executivo do SNS, revelou que as escalas de urgência nos hospitais para este verão “estão feitas”, mas, “como há falta de recursos humanos”, existem “períodos que não estão completos”, sendo que a ginecologia/obstetrícia na Península de Setúbal é uma das mais complicadas. “Até agora não encontrámos uma solução que fosse consensual com as três equipas”, revelou o diretor-executivo do SNS na primeira grande entrevista desde que assumiu o cargo, alertando que, se não houver alternativa, a concentração de serviços “é uma possibilidade”. “Estamos a estudar as respostas possíveis com os recursos humanos que temos. Se não houver outra solução, a concentração de serviços terá de ser uma resposta”, anotou.
Nova lei europeia pode encarecer genéricos em até 800%
Ainda na “Rádio Renascença”, é referido que a nova diretiva europeia de Tratamento de Águas Residuais Urbanas pode levar ao desaparecimento de algumas moléculas farmacêuticas do mercado e encarecer os medicamentos genéricos em até 800%. O alerta foi dado pela associação portuguesa Equalmed, liderada por João Paulo Nascimento e em causa está a aplicação do princípio do poluidor-pagador, que impacta desproporcionalmente a área dos genéricos, pois detém a maior quota de mercado. “A indústria de genéricos na Europa tem uma quota de cerca de 80% do volume, para apenas cerca de 20% daquilo que é o custo. É aquela que seria mais impactada com esta medida. Isto pode significar tão simplesmente que algumas moléculas sejam inviáveis do ponto de vista económico em termos de comercialização”, alertou o presidente da Equalmed.
Governo não quer Novo Banco espanhol
O “Diário de Notícias” faz manchete com o aviso do Governo português ao primeiro-ministro do país vizinho, Pedro Sánchez, e ao CEO do CaixaBank , Gonzalo Gortázar, por não ver "com bons olhos um Novo Banco espanhol", caso haja uma fusão com o BPI, detido pelo grupo catalão. A mensagem chegou a Gortázar através da embaixada portuguesa em Madrid e foi clara: o Governo português não impedirá a eventual compra, uma vez que a legislação comunitária não o permite, mas não vê com bons olhos essa aquisição e não mostraria "boa vontade" em relação às medidas difíceis que teriam de ser tomadas no âmbito dessa fusão.
Constitucional não decide sobre horas extras dos médicos
O “Diário de Notícias” destaca que o Tribunal Constitucional decidiu de forma não "muito comum" não tomar uma decisão sobre o regime de horas extras dos médicos. Em casa está o modelo aprovado pelo Governo, em 2022, que a FNAM considerou violar direitos e pediu à Procuradoria-Geral da República que solicitasse “fiscalização abstrata sucessiva da constitucionalidade”. Agora, o TC decidiu não decidir, por considerar que a sua decisão não produziria efeitos úteis, pelo contrário, poderia prejudicar os médicos que trabalharam horas extraordinárias ao abrigo deste regime. O jornal anota que sindicatos e constitucionalistas discordam da decisão.
Privatização da TAP já tem modelo e caderno de encargos
O “Negócios” revela que o novo Governo já tem definido “o modelo e o caderno de encargos” da privatização da TAP, restando apenas a entrada oficial em funções para o processo avançar, segundo declarações do secretário de Estado das Infraestruturas. Hugo Espírito Santo referiu o Executivo nunca parou de trabalhar no dossiê da TAP, reiterando o que tem sido dito desde a dissolução do parlamento. “Já temos o modelo definido e o caderno de encargos [da TAP] bastante avançado. Só estamos à espera da formação do novo Governo”, avançou o governante, acrescentando que as avaliações pedidas à EY e Banco Finantia ainda não foram entregues, mas não são necessárias para estes procedimentos.
Pastor evangélico lucra com creche ilegal
O "Correio da Manhã" denuncia o caso de uma igreja evangélica que abriu, há um ano, uma creche, junto à estação de Rio de Mouros, em Sintra, mas que não conseguiu obter licenciamento por funcionar numa garagem de um prédio. As denúncias chegaram à Segurança Social e PSP, que na passada segunda-feira fizeram uma fiscalização, durante a qual encontraram 47 crianças com menos de três anos, num espaço que não tem saída de emergência ou ventilação. O diário avança que o proprietário - líder do culto evangélico - lucra cerca de 10 mil euros por mês.

