O destaque desta sexta-feira na imprensa nacional vai para o “Público” e do “Expresso”, com manchetes sobre os helicópteros do INEM. Enquanto o diário revela que vão custar um milhão por mês, o semanário dá conta da “vista grossa” que o ministério da Saúde fez aos alertas para a abertura atempada de um concurso.
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O “Público” adianta que os três helicópteros da empresa maltesa GulfMed que vão operar para o INEM, a partir da próxima semana, terão um custo de mais de um milhão de euros por mês. Este valor é mais do dobro do que aquela entidade pagava à Avincis, a empresa que operou quatro aparelhos até ao final de junho. Neste momento, estão a funcionar um helicóptero ligeiro e outro médio (em Macedo de Cavaleiros e em Loulé) e na próxima terça-feira deverá começar a operar um terceiro, médio, que ficará na base de Évora.
Já o "Expresso" assegura que o Ministério da Saúde ignorou os alertas do Tribunal de Contas, do INEM e da Força Aérea para a necessidade de abrir um concurso para o helitransporte de doentes a tempo de assegurar o socorro a partir de 1 de julho deste ano. Segundo o semanário, o INEM terá avisado o gabinete da ministra que a data limite era 30 de setembro de 2024, mas a reposta foi de que a opção de ambulâncias aéreas privadas era um “cenário” que tinha de ser “ponderado com prudência e cautela”.
Mais de 60 polícias foram expulsos por crimes graves
O “Diário de Notícias” destaca que, entre 2014 e 2023, foram instaurados processos disciplinares a 188 polícias e militares da PSP e GNR relacionados com crimes graves, cuja moldura penal é superior a três anos, sendo que desses elementos 64 foram expulsos, enquanto 122 ainda estão ao serviço e dois passaram à reserva. Só na GNR foram condenados por crimes graves 74 militares, sendo que, destes, 43 ainda se encontram em serviço, 29 foram expulsos e 2 transitaram para a reserva ou reforma. Na PSP, foram instaurados 114 processos disciplinares, dos quais resultaram penas disciplinares de cariz expulsivo a 35 polícias.
Militares no treino de grupos neonazis
O “Expresso” destaca haver militares no ativo envolvidos no treino de grupos neonazis. O semanário diz que “um importante elemento do Grupo 1143 revelou, em conversas com membros de outra organização de extrema-direita”, que estes receberam formação com armas reais de ex-militares, mas também de militares no ativo. “Estes jogos bélicos realizados no início de 2023 destinavam-se a preparar extremistas para um cenário de guerra civil que esperavam que sucedesse”, avança o jornal.
Moedas anuncia recandidatura
O “Expresso” anuncia a recandidatura de Carlos Moedas à Câmara de Lisboa. Os lugares do CDS e da Iniciativa Liberal nas listas ainda não estão fechados, mas a apresentação da recandidatura acontecerá até ao final deste mês. “Ainda tenho muito para dar aos lisboetas”, afirmou o autarca, considerando que não era possível executar num só mandato os compromissos que assumiu há quatro anos.
Governo admite troca de ações na venda da TAP
O “Negócios” avança que o valor em euros oferecido pelas ações representativas de 44,9% do capital da TAP é um dos critérios financeiros para a avaliação das propostas no âmbito do processo de privatização. Além do encaixe imediato, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, admite que serão tidas em conta outras formas de valorização, entre as quais trocas de participações. “Podemos valorizar propostas que venham com outras soluções, incluindo bónus por performance (earn-outs), valorização futura das ações remanescentes, dividendos e trocas de ações”. Já Fernando Medina, ex-ministro das Finanças, considera, num artigo de opinião publicado no jornal, que a separação do processo de privatização da TAP em duas fases põe em risco a realização da segunda fase. “Havendo compradores interessados, eu não teria arriscado desta forma”, escreveu.
Dinheiro do PRR não executado será entregue ao Banco de Fomento
O “Jornal Económico” revela que deixou de ser uma preocupação para o Governo o risco de Portugal falhar a execução da totalidade do PRR, pois o Executivo decidiu que os fundos remanescentes irão diretamente para o Banco Português de Fomento. Com a criação de um novo instrumento financeiro, dotado de uma verba inicial de 315 milhões de euros, estes montantes não serão desperdiçados, sendo que o BPF passará a gerir estes recursos, que serão aplicados em investimentos inovadores.
Acumulação de funções no MP vai mudar
O “Nascer do Sol” alerta que, até 31 de dezembro de 2028, deverão jubilar-se ou aposentar-se “cerca de 299 magistrados” do Ministério Público, segundo uma estimativa feita pela Procuradoria-Geral da República revelada ao semanário, tendo por base apenas “a idade e antiguidade na carreira da magistratura do MP”. Para contrabalançar as saídas previstas e as entradas previsíveis será feito um estudo para “assegurar um planeamento relativamente ao número de magistrados a prover neste período temporal”, avançou fonte oficial da PGR. Até ao momento, a acumulações de funções tem sido um dos instrumentos de gestão para suprir as carências, mas o procedimento está prestes a mudar, medida que é contestada pelo sindicato.