Revista de Imprensa: Internamentos sociais aumentam 20% em dois anos e custos mais de 80%

Hospitais do SNS tinham, a 20 de março, 2164 camas ocupadas com internamentos sociais
Foto: Leonel de Castro/Arquivo
O Relatório de Avaliação de Desempenho e Impacto do Sistema de Saúde revela que há mais doentes internados porque não têm para onde ir e que os portugueses continuam a ser dos povos europeus que mais pagam do seu bolso para terem acesso a cuidados, analisa, esta quinta-feira, o "Diário de Notícias".
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Segundo o Relatório de Avaliação de Desempenho e Impacto do Sistema de Saúde, divulgado na quarta-feira, durante a Convenção Nacional da Saúde, "a taxa de internamentos sociais inapropriados cresceu quase 20% nos últimos dois anos, entre 2023 e 2025 e os custos dispararam 83%, num crescimento quatro vezes superior". A taxa de internamentos sociais era de 10,5% em março de 2023 e, em março de 2025, era de 11,7%, ou seja, em número de episódios classificados como inapropriados, passou-se de 1955 internamentos em 2023 para 2342 em 2025 (mais 20% em dois anos). Em números de camas ocupadas, os internamentos cresceram de 9,8% em março de 2023 para 11,5% em março deste ano, "o que indica uma pressão crescente relativa à capacidade instalada". Em relação aos custos, registou-se "um aumento considerável, quatro vezes superior, para um patamar de 95 milhões de euros em março de 2025 face aos 51, 9 milhões de 2023. Presidente da Associação dos Administradores diz que o cenário tende a agravar-se enquanto não existirem reformas profundas.
Governo chamou UGT para reunião de última hora, mas "não há margem de recuo" para a greve geral
Não há margem de recuo. Apesar da pressão do Governo com uma reunião em cima da hora com a ministra do Trabalho na terça-feira passada e das declarações do primeiro-ministro Luís Montenegro, o Secretariado Nacional e o Conselho Geral da UGT devem confirmar, esta quinta-feira, a proposta de greve geral a 11 de dezembro, que voltará a reunir as duas centrais sindicais em protesto contra as alterações à lei laboral, assinala o "Expresso". Executivo de Luís Montenegro aposta em continuar as negociações, apesar da paralisação.
Juíza prevê carrossel de advogados no julgamento da Operação Marquês
Ainda que "em tese", a juíza-presidente do julgamento da Operação Marquês admite que a estratégia de José Sócrates para os próximos tempos passe por mudar sucessivamente de advogado, conseguindo, desta forma, atrasar o andamento do julgamento, escreve o "Correio da Manhã". Num despacho, Susana Seca, ao mesmo tempo que concedeu 20 dias ao antigo primeiro-ministro para encontrar um advogado após a renúncia de Pedro Delille, também afirmou não ignorar que "a interrupção da audiência de julgamento permite que, no futuro, o mandatário constituído no processo possa novamente renunciar, e assim sucessivamente, com outros mandatários, produzindo um efeito dilatório intolerável".
Apesar de rombo nas duas últimas legislativas, PS soma 21 mil novos militantes
Depois de o PS ter perdido quase 900 mil votos desde 2022, em eleições legislativas, e de a erosão eleitoral ter continuado nas autárquicas de outubro, o partido tem aumentado consistentemente o número de militantes ao longo destes anos: um aumento de praticamente 21 mil. De acordo com os dados a que o "Público" teve acesso, o PS tinha, a 10 de novembro, 93.943 militantes, um número que compara com os 72.967 inscritos no partido no início de 2022, ou seja, mais 20.903. Desafiado a explicar este crescimento em militantes, o líder socialista considera que "há um sentimento de que o PS é o verdadeiro espaço político que salvaguarda os valores democráticos", revelando que "tem havido muitos cidadãos, ora simpatizantes, ora de outras áreas sociais e quadrantes culturais, que se têm mostrado interessados em participar e em colaborar com o PS".
Energia e banca põem Bolsa de Lisboa no caminho de dividendos recorde em 2026
As empresas cotadas mundiais estão a distribuir um montante recorde de dividendos este ano e assinalaram um novo máximo de 518,7 mil milhões de dólares (448 mil milhões de euros ao câmbio atual) no terceiro trimestre do ano, avança o "Negócios". Portugal não é exceção, numa tendência que se deverá prolongar e as empresas do principal índice da Bolsa de Valores de Lisboa, o PSI, deverão também distribuir um recorde de 3,2 mil milhões de euros em 2026. A Maxyield - clube de pequenos acionistas antecipa um crescimento de 5% na distribuição dos lucros relativos a 2025, uma evolução explicada, sobretudo, pelos "pesos pesados" (isto é, as empresas com maior capitalização bolsista) como a Galp, o BCP e a EDP, que deverão representar 58% dos dividendos estimados para distribuir em 2026.
Empresas nos grupos de IVA vão ter de dar mais dados ao Fisco
As empresas que integrem um grupo para efeitos de IVA, ao abrigo do novo regime que entrou em vigor no final de outubro, e que, no apuramento final, tenham imposto a recuperar, serão obrigadas, para pedir o respetivo reembolso, a submeter as listagens de clientes e os fornecedores cujas operações deram origem ao imposto liquidado ou deduzido no período em causa, revela o "Negócios". Já é isso que acontece quando uma empresa, de forma independente, solicita um reembolso, e será também assim, no âmbito dos grupos de IVA, com a diferença que, neste caso, terá de ser dada a informação relativa a todas as empresas do grupo, incluindo as que não têm qualquer reembolso a haver e mesmo que, no limite, apenas uma esteja nessa situação de reembolso.
